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O sopro mágico das palavras

O sopro mágico das palavras

Um poema dedicado à liberdade

A poesia
Nos gestos de um dia
Que muda as linhas do livro de uma sociedade.
A liberdade no poema
Que se escreve nos cravos
Que silenciam as armas não disparadas
Na conquista de um sentimento perdido
Desconhecido para muitos
E na saudade de outros tantos.
A prosa poética
Nos abraços
De um novo futuro que se abre na primeira página.
Descobre-se neste novo poema
Que os líderes poetas
Esboçam no ar que os envolve
Uma nova realidade….
Um novo sonho….
Uma alegria renascida na fénix da esperança da vida.
A sensatez na sensibilidade de todos aqueles
Que desenharam um novo Portugal
Que conheci quando nasci.
As tristes palavras dos escritores de então
São uma história nunca esquecida
Para relembrar ano após ano
Porque liberdade não é apenas uma palavra
Mas sim um modo de vida
Que jamais deve ser perdido nas incertezas existentes.
A poesia, o poema, a liberdade.
A poesia que escreve no seu poema
A beleza desta liberdade.

 

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Dia do Livro!

Hoje é o dia dedicado a um grande amigo que me acompanha desde sempre e que para sempre quero que fique…..o livro! Para mim o livro é um amigo especial que no silêncio das palavras me acompanha em viagens absolutamente extraordinárias, raras e ricas que me enriquecem o espírito. Uma envolvência na história de outros, que naquele período de leitura se torna na nossa história, porque a sentimos como se fosse nossa. Tantas são as vezes que não conseguimos largar as palavras do livro para saber o que se passará na página seguinte. Quem nunca passou por esta experiência não sabe o quanto mágico pode ser um livro. Uma magia difícil de escrever que apenas se sente na magia que é escrever a vida segundo a vida do autor que escreve as palavras.

Quem não tem por hábito ler, não sabe a viagem no imaginário que perde. Uma viagem que nos faz perder no tempo. Uma viagem que nos encanta. Quem não lê, que tente, para sentir em si a magia das palavras que brotam da caneta do autor.

E quem tem a paixão por livros vai continuar a sentir que cada livro é uma experiência única, porque cada livro é único e cada história é uma história que não pode ser misturada com outras histórias.

Sou uma viciada por livros, gosto de viver rodeada pelas suas páginas, de serem a minha companhia, de histórias diferentes que me completam e me encontram porque precisam de ser encontradas.

Não corram atrás das tendências literárias, escolham os vossos livros, porque todos somos livres de amar aquilo que mais gostamos, aquilo que é o nosso reflexo no espelho das palavras. Somos livres de amar os livros e histórias que nos fazem sentir bem.

Hoje é dia do meu amigo livro, um domingo especial com o sol de uma primavera, que já nos acaricia com a sua doçura, o sol que espreita na manhã e os seus raios a convidar para uma leitura num banco de jardim. O livro é assim como o sol que ilumina momentos únicos e especiais na magia da leitura. O livro é assim, uma flor que nos faz viver. Um livro é como uma primavera porque precisamos dele para renascer a cada história de cada página. Sintam a magia de um livro! Se já encontraram essa magia como eu, nunca, mas nunca deixem essa magia fugir. Jamais percam a magia de um livro, porque a magia de um livro é a magia da vida.  

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#opinião# Carlos Ruiz Zafón "A Sombra do Vento"

Ainda me custa fechar este livro, não me quero despedir de Daniel Sempere e da história de Julián Carax que deu origem ao título deste livro “A Sombra do Vento”.

Em 1945, Daniel é uma criança de 11 anos quando o pai o leva ao Cemitério dos Livros Esquecidos. Nessa incursão pelo mundo dos livros descobre este livro maldito e toda a sua vida muda. Cresce e com ele cresce a curiosidade de descobrir quem é este escritor numa obra tão fascinante. É arrastado para um labirinto de intrigas e segredos enterrados na alma negra de Barcelona.  

Vamos conhecer as personagens na vida de Daniel. O primeiro amor, Clara. Don Gustavo, que mais tarde terá um papel importante nos deslindar da história de Carax. O pai, por quem vamos sentir uma imensa ternura. Bea, o amor da sua vida. Tomás, irmão de Bea. E o sem-abrigo que se torna no aliado na descoberta do enigma Julián Carax, Fermín Romero de Torres, uma das mais bem conseguidas personagens deste livro. Impossível não adorar este homem.

Em paralelo, misturam-se as personagens da história de Julián Carax, mas também muito reais porque fizeram parte da sua vida, como Penélope, o seu amor. E outras tantas que aqui não direi para não estragar a leitura, pois só com o sentir das páginas vamos percebendo quem são. E não quero condicionar a leitura. E no final saberemos o que aconteceu com Carax! Já agora, um final mesmo muito bom, impossível deixar de ler de rajada as últimas páginas.

Ainda tinha este autor em falta nas minhas leituras, mas há muito que queria ler uma das suas obras, descobrir a sua escrita. E estou encantada com a escrita, com as palavras. Com a magia que consegue na escrita dessas mesmas palavras.

Um livro difícil de largar. Um livro difícil de fazer uma pausa quando o mundo nos chama para os nossos deveres. Um livro que só nos dá uma vontade imensa de ler e ler e não parar até descobrir o que aconteceu a Julián.  Mas no final não queremos fechar o livro porque nos envolvemos com estas personagens e estivemos ali com elas a viver intensamente esta história.

Terminei o livro mas ainda me custa dizer adeus a Daniel, a Julián e a todas as personagens que fizeram parte dos meus dias.

Sem dúvida, um livro que recomendo. Podem colocar as expectativas no alto que não serão defraudadas.

E em breve, sem dúvida irei regressar ao Cemitério dos Livros Esquecidos com “O Jogo do Anjo”.

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Feliz Páscoa!

O pacote das amêndoas estremece na mesa. São as amêndoas que se querem libertar e nos adoçar com a sua doçura. Ao seu lado os ovos de chocolate pintados pelas mais belas cores do arco-íris, no embrulho que os abraça, desenham um sorriso para alegrar a alma até a quem tem o sorriso mais triste. Os tradicionais folares da tradição desta época nos seus mais variados sabores e ingredientes que nos transportam para longínquas memórias. Memórias que nunca se apagarão e que sempre serão recordadas.

É a Páscoa que chega por entre os sons primaveris e o delicado aroma das flores que despertam do sono de inverno. O sol dos sonhos, a esperança na felicidade e a ternura no canto dos pássaros. Uma decoração com as tonalidades da alegria que a vida devia ser.

Assim é a Páscoa, a festa do renascer, do acreditar, do nunca desistir, da luta e da conquista. A capacidade de nos transformarmos. A capacidade de nos aceitarmos como somos.

A Páscoa é o amor constante que devíamos sentir em nós, dia após dia. O amor de amar a vida. O amor de nos amarmos a nós mesmos. A forma mais sublime de sentir a vida que é amar. A gratidão por podermos amar, sentir e viver.

Mais uma época festiva que o consumismo adora, mas por alguns instantes não nos lembremos das prateleiras recheadas e dos folhetos apelativos na vida consumista que a sociedade se tornou. Pensemos como é bom saborear as amêndoas de todas cores e doçura, como partir o coitado coelho da páscoa nos faz sorrir antecipando o chocolate que derrete na nossa boca, aquecendo o nosso espírito de carinho.

Aproveitemos o saborear de cada momento, único e delicioso da vida.

Uma Páscoa Feliz recheada de doces momentos, com muitas amêndoas, ovos de chocolate e sobretudo de muitos sorrisos.

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Esse teu sorriso!

O teu sorriso é especial. És especial nesse teu sorriso pelo qual me deixo enfeitiçar. O teu sorriso é o sopro de vida que preciso de respirar para viver. Guardo cada sorriso teu para mim dentro da minha alma. Para nunca me esquecer desse rosto. Esse rosto que reconheceria em qualquer momento num cruzar de olhar.  

O teu olhar é especial. És especial nesse olhar que brilha e me ilumina. Que me faz voltar a viver. O teu olhar é a luz que preciso para me indicar o meu caminho. Memorizo cada olhar teu. Para nunca perder essa memória de vida que és. A tua memória que vive em mim num lugar só meu.

Olho para ti. Tão especial.

Olho para ti e vejo-te ir.

Sem te poder agarrar!

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Às vezes lembro-me de ti

Às vezes lembro-me de ti nas manhãs que deixaste mais pobres sem a alegria desse teu sorriso que inspirava o dia quando em tantos momentos a motivação era tão pouca. Lembro-me de ti nos sorrisos que me deixas conhecer. Lembro-me de ti porque deixaste o teu sorriso em nós.

Às vezes lembro-te de ti nas tardes que ficaram mais tristes sem as tuas palavras que animavam um final de dia stressante. Lembro-me de ti nas palavras dos outros que tanto me fazem sorrir. Lembro-me de ti porque as tuas palavras nunca serão esquecidas.

Às vezes no caminho para casa, quando as estrelas da noite já iluminam os meus passos, converso contigo sobre o meu segredo. Aquele segredo que não sabe que é o segredo que trago tão aconchegado no meu peito. Sussurro o seu nome ao vento que chega até ti para que me deixes continuar a olhar para esse segredo que é a beleza de viver.  

Às vezes lembro-me da última vez que te vi, dizia o calendário que era verão e o calor que nos sufocava isso confirmava. Mas nem isso acalmava o stress e a azáfama em nós. No meio de tanto movimento e agitação, não pude apenas dizer-te olá. Achei que no outro dia te diria outro olá. Mas esse dia fugiu contigo. E nunca mais te pude dizer esse olá que não te disse. Hoje, mesmo naqueles dias de tristeza, sorrio sempre para esconder as lágrimas. Sorrio a quem me sorri. Não nego um bom dia ou um olá. Porque os mais pequenos gestos mostram o quanto algumas pessoas são especiais para nós. Porque pode não haver outro dia.

Às vezes lembro-me de ti porque nunca me esquecerei desse amigo que a vida me deu a oportunidade de conhecer e de quem me lembro em cada sorriso que esboço porque a memória do teu sorriso ficará sempre em mim.

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