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O sopro mágico das palavras

O sopro mágico das palavras

Aos heróis!

Aos heróis que não recebem medalhas. Aos heróis que não recebem taças. Aos heróis pelos quais o país não para para os ver. Aos heróis dos quais só nos lembramos nos momentos de aflição. Aos heróis que são voluntários e que amam o que fazem sem receberem milhões de euros. Aos heróis que são os verdadeiros heróis porque arriscam a vida para salvar outras vidas. Aos heróis que põem em perigo a sua história para que outras memórias não se percam. Aos heróis que merecem tudo e tantas palavras de agradecimento. Aos heróis que admiro. A estes heróis um meu e nosso muito obrigado por serem simplesmente uns verdadeiros e enormes heróis deste país.

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Olá Verão!

Ainda dormia quando o relógio marcava 04h24 e o sol também se encontrava retirado para o seu descanso. Mas a brisa quente da madrugada trouxe consigo o solstício de verão.

Chegou em bicos dos pés até junto de nós, corpos e almas cansados do cinzento do céu e do som das gotas das chuvas na janela ao acordar. O verão acena-nos e nesse aceno sentimos o sabor das férias que se aproximam!

Para muitos, verão é sinónimo de praia e mar num descanso do espírito. Sol e calor para aquecer a alma e carregar a energia tantas vezes perdida.

Altura de passeios e leituras na esplanada. Época dos gelados e das limonadas fresas. As bolas de Berlim que só têm sabor na praia. Os petiscos de final de tarde. Os piqueniques no verde da natureza.

Verão chegaste! Já te sinto na pele. Traz contigo aqueles teus momentos tão únicos e tão teus.

Verão, gosto tanto de ti!

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O negro que pintou um país

Devastada. Desolada. Destroçada. É assim que me sinto ao ouvir as notícias sem fim que se repetem na sua infinita tragédia que assolou populações deste país que o amanhecer pintou de negro. Um negro de um luto que dificilmente será esquecido, uma noite e uma cidade que serão recordados enquanto a memória viver. Cidades que tão poucos conheciam mas que todos passamos a conhecer e que preferíamos que continuasse na nossa ignorância.

Vejo o sofrimento de quem perdeu uma vida de trabalho nos seus bens que arderam neste fogo cruel e de quem perdeu a vida sem uma oportunidade de dizer quero continuar a viver. Histórias que se multiplicam e muitas mais ainda serão multiplicadas nesta tragédia ainda sem rostos. Homens, mulheres e crianças cercados por este fogo mortífero que não teve dó nem piedade de os consumir e nos consumir a todos nós nas lágrimas que não consigo esconder ao ouvir relatos que não queria ouvir. Que aperto tão grande este que sinto na minha e nossa impotência de não ser possível acordar novamente e que tudo não passasse de um pesadelo. Mas é um pesadelo real, que nos toca, que nos arranha, que nos sufoca.

O dia de domingo nasceu no silêncio de um país incrédulo que não quer acreditar no número de vitimas que vai aumentando. Aumenta também a solidariedade para com estas pessoas.

É doloroso pensar como em minutos uma vida é aniquilada. O pouco que pudermos fazer, façamos.

O negro que pintou o país não será apagado, mas podemos salpica-lo de luz. Uma feixe mínimo de luz que estas pessoas tanto precisam para terem força para habitarem com o negro que pintou as suas vidas.

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Gostava de te dizer!

Gostava de te dizer o quanto gosto de ti.

Gostava de te dizer que penso em ti nas manhãs que abraçam as tarde e beijam as noites. Gostava de te dizer que vives em mim. Que compilo na minha memória todos os teus momentos. Gostava de te dizer que nunca me esqueço de ti. Nem nunca te apagarei de mim.

Gostava de te dizer como o teu sorriso é um esboço de vida. E o teu olhar o brilho da alma. Gostava de te dizer como és luz e pintas o caminho com a cor dessa luz.

Gostava de te dizer as saudades que de ti sinto só porque não te vejo no segundo que passa e vai. E tu não ficas.

Gostava de te dizer tantas e tão poucas palavras. As palavras que escreves em mim.

Gostava de te dizer, mas não posso dizer-te aquilo que habita no meu coração.

Mas temos sempre de dizer às pessoas que amamos o quanto as amamos. Por isso, quando me encontrares, olha nos meus olhos, e mesmo que estejam tristes, a conter as lágrimas, dir-te-ão a imensidão do sentimento que sinto por ti. Beijo-te no sopro de um olhar no teu coração. Sentes?! Eu sei que sim!

E assim o meu olhar escreve-te aquilo que não posso dizer. E sei que o teu silêncio lê as minhas palavras e nada fica por dizer entre as nossas almas.

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Os livros “Uma Aventura”

A Feira do Livro fez despertar em mim as memórias desta eterna coleção que um dia as autoras batizaram de “Uma Aventura”. Lembro-me de ter 7 anos e estar a dar os primeiros passos nas linhas dos livros e a descobrir o mistério das palavras. Já adorava livros mas pouco ainda sabia do seu conteúdo, ainda estava no início desta minha paixão. Recordo-me de ler um dos primeiros livros desta coleção e de me ter sentido enfeitiçada pela história e pelas personagens.  Foram anos de infância e adolescência a ler e reler todos os livros que iam sendo publicados. O tempo cresceu e eu cresci com esse tempo, mas sem nunca esquecer que o amor pelos livros estará sempre na memória pintado por estas histórias.

Hoje já não sou aquela menina. Hoje sou uma mulher que continua a amar as palavras e os livros são uma espécie de oxigénio que precisa para respirar. Não sei se mais de 25 anos depois da primeira leitura, estes livros serão a leitura ideal. Mas porque nunca quero esquecer as memórias da infância destes livros e as memórias que guardo das suas leituras no campo, na praia, nas férias, no inverno com o leite quente e chocolate, entre tantas outras. Porque nunca quero que essa menina desapareça nem as memórias deste amor se apaguem, a Feira do Livro deu-me a oportunidade de continuar esta coleção. E estou certa que dedicarei umas horas a voltar a ser aquela Ana que vivia intensamente estas histórias. E sei que vai saber tão bem!  

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Ler-te nas estrelas!

Leio-te nas estrelas acomodadas neste nosso céu. Leio o que os astros escrevem de ti. Dizem que te conheço. Que sempre te conheci. Que te reconheço em qualquer rosto. As estrelas sussurram-te ao meu ouvido, fecho os olhos, recordo-te para não me voltar a esquecer de ti até ao novo reencontro. Nunca me esqueço de ti. Mesmo antes de nos cruzarmos tenho as tuas memórias guardadas prontas a reabrirem-se no teu olhar. Mas preciso de te voltar a amar já. Neste instante. Neste momento. Não amanhã. Agora! Tenho urgência de ti em mim. Pergunto às estrelas se te posso amar neste agora, e simplesmente ignoram-me. Para quê uma resposta, se já te amo como sempre te amei e voltarei a amar. E amo qualquer rosto em que desenhes a tua alma. Sei porque vejo os astros no céu a desenhar as nossas almas juntas no infinito do tempo. Só não sei se os nossos corpos poderão estar juntos no agora em que vivemos. Anseio pelo desejo do teu corpo em mim. Preciso de te sentir. Quero amar-te porque as nossas almas já são umas eternas amantes. Preciso de ti. Neste instante! Neste momento. Não amanhã. Agora!

Pergunto às estrelas quando irão escrever este amor escondido no rasto de brilho que salpica o céu. E a isso não me respondem, deixando-me na ignorância de uma espera que já não consigo aguentar em mim.

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Olá junho……sê sempre criança

Junho chegaste com o calor que te persegue para aquecer as almas frias de um inverno que teima em não ir de férias. És o mês dos primeiros dias de férias, das horas de descanso, das primeiras pegadas na areia e das horas infinitas a olhar o infinito do mar. És o mês de pequenos mas bons momentos que não se esquecem e se guarda o seu aroma dentro de nós.

Amigo junho, chegas no dia da criança que somos, que nunca deixaremos de ser. A criança que salta e sonha e nunca perde a esperança no sorriso que brilha no reflexo dos raios de sol. A criança que cresce como uma flor no jardim e que jamais murcha, porque o limite dos sonhos é a meta do viver. Vamos ser como essa criança, sonhar sempre o sonho da vida.

Querido junho agora que chegaste com a criança em ti, deixa nos teus dias a felicidade dos teus momentos.  

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