Quando alguém, por quem nós tudo faríamos, nos magoa, deixa em nós uma dor que de tão insuportável, que nos retira toda e qualquer vontade e força de dar o tudo (mesmo que o tudo seja pouco) por outro alguém.
Para quem tem no Reiki um modo de estar na vida, os poemas do Imperador Meiji, não serão uma novidade. No meu percurso Reikiano, cruzei-me recentemente com estes poemas (em breve colocarei um post sobre o Reiki). São palavras de uma profunda sabedoria espiritual, razão pela qual o Mestre de Reiki, Mikao Usui, usou estes poemas nos seus ensinamentos, que perduram até hoje.
Das milhares de frases que o Imperador Meiji escreveu, Mikao Usui escolheu 125 poemas para partilhar com os seus alunos, poemas que ainda hoje se mantém atuais.
Porque quero partilhar alguns destes poemas de uma beleza e simplicidade magnífica, surge este post intitulado O Reiki em poema nas palavras do Imperador Meiji, para que no correr do tempo, seja nos próximos dias ou nas próximas semanas, vos deixe aqui um poema, só as palavras do poema, sem comentários meus, para que possam no silêncio da meditação, terem um momento de reflexão.
Aqui fica o primeiro poema:
«Observa e aprende com as gotas da chuva que escavam a rocha.
Afastas a ideia de que realizar uma tarefa é demasiado difícil.
Nada é impossível.»
«Ser feliz é ter futuro e dar futuro. Todos pensamos ser felizes e acordamos todos os dias com esse desejo. Mas ser feliz não é uma sorte nem a ausência de problemas. É viver com sentido, com coragem, construindo o futuro e dando futuro. Isso depende de mim.
Era uma vez um homem que corria e corria pela vida….A vida era curta e necessitava de correr muito para gozar muito e ser feliz.
E quanto mais corria mais necessitava de correr…! Descobria sempre mais lugares para visitar. Necessitava de encontrar tudo e gozar tudo. Até que um dia, cansado de tanto correr, parou.
Então, a felicidade pôde alcança-lo.»
Vasco Pinto de Magalhães Não Há Soluções, Há Caminhos
Ao mudar, a vida muda-nos!
Às vezes a tristeza habitua-se demasiado a nós, colando-se como se fosse uma nossa segunda pele. Apodera-se de nós e afasta toda e qualquer tentativa de alegria. A tristeza quer-nos só para ela, não nos querendo partilhar com mais nada, muito menos com a sua inimiga declarada, a alegria.
Emocionante, apaixonante, comovente, fascinante, viciante, cativante, encantador, arrebatador, sensível, simplesmente maravilhoso. A minha primeira incursão nas palavras de Khaled Hosseeni com o seu primeiro romance O Menino de Cabul, e não tenho adjetivos suficientes para descrever este livro que me agarrou da primeira à última linha. Ouvi excelentes críticas, mas confesso que não estava à espera de encontrar uma leitura tão arrebatadora, uma escrita emocionante que nos faz emocionar com uma frequência constante ao longo do livro.
Amir e Hassan, a face rica e a face pobre do Afeganistão dos anos 70, antes das sucessivas guerras e a entrada dos Talibãs, destruírem um país, que na descrição do autor nos faz viajar por tantos momentos simples e idílicos (a neve, os papagaios, o cheiro das comidas). Dois amigos que crescem juntos, mas que a vida e as ações de Amir separam. O livro é contado na primeira pessoa por Amir, o menino rico, que só queria o amor do pai, Baba e que na ingenuidade de criança, prejudica a única pessoa que sempre fez e faria tudo por ele, Hassan. Tantas vezes que Hassan diz “Por ti tudo”, rapaz simples, demasiado sincero e intuitivo. Tantas as frases das histórias destes dois em criança em que as lágrimas espreitam no leitor.
As atitudes separam-nos, a guerra obriga Amir e Baba a fugir para a América, mas nem assim Amir consegue fugir dos seus demónios e da culpa que sente por naquela tarde não ter ajudado Hassan (leiam para perceber!).
A entrada dos Talibãs no Afeganistão, marca o regresso de Amir à sua terra natal, a pedido de Rahim Khan, um grande amigo da família, e que uma frase sua não sairá da mente de Amir “É sempre possível acertar contas…”. Inicia-se um regresso ao passado, enfrentar memórias e demónios, notícias que comovem e alteram a história de vida. E o pequeno filho de Hassan, Sohrab, que nos vai, sem dúvida, entrar no coração.
Não consigo destacar passagens para aqui mencionar, porque de certa forma todas me emocionaram. Muitas as que me fizeram ficar de coração apertado de tão pequeno se sentir. O melhor é lerem este magnífico romance que começa com um retrato de um Afeganistão que nunca tinha ouvido falar. Mas preparem-se para algumas descrições intensas das barbaridades dos talibãs e de como os habitantes passaram a viver.
Tantas as vezes que a história de Amir e Hassan me acompanhou e não me largava quando tinha de fechar o livro ou porque era hora de picar o ponto, ou entrar no autocarro ou simplesmente as ondas do mar reclamavam a minha presença. Mas mesmo fechando as páginas por ler, Amir e Hassan já eram parte da minha pele. Já sentia a sua história como se fosse minha. Vivi intensamente todos os momentos, senti a dor em mim, a repulsa por uma guerra barbara e sem sentido. Não consegui conter as lágrimas numa escrita demasiado intensa na sua simplicidade de contar uma história com a alma e coração. Não estava preparada para um livro demasiado bom e comovente. Há muito que uma história não arrebatava todos os meus sentidos de rajada. Era impossível parar de ler.
Quis ler Khaled Hosseini para conhecer as suas palavras, e a sua escrita emotiva e emocional entrou em mim, e assim do nada, entrou na minha lista de autores preferidos. Sem dúvida, que assim que puder, Mil Sóis Resplandecentes e E as Montanhas Ecoaram farão parte da minha lista de leitura. E estou certa que encontrarei mais histórias emocionantes, num ritmo cadente de emoções e sensações.
Recomendo este romance a todos, é daqueles livros obrigatórios na nossa lista de leituras. Estou certa que não se irão arrepender! Leiam, conheçam um Afeganistão desconhecido e aprendam com a história de Amir e Hassan!
Secaste as lágrimas do meu peito. Sem isso o meu coração não consegue respirar no deserto da emoção de amar.
«Buda, no momento da sua iluminação, invocou a Terra como testemunha, tocando-a com a mão direita. O Sol e a luz pararam e todas as criaturas do mundo vieram para oferecer obediência ao supremo, que quebrara as correntes da vida egocêntrica.
“Sê uma luz para ti mesmo”, declarou Buda no final da vida.
Além do teu corpo físico está o corpo de luz! Como Buda fez, desperta a tua consciência incondicional, que está no teu interior.»
Romio Shrestha
Às vezes sinto que fico surda com os gritos do silêncio que fazem eco dentro de mim.
Verão e praia são sinónimo de bolas de berlim, areia, mar, sol e muitas palavras. Desde há cerca de 4 anos que o verão não é o mesmo sem um livro de Ken Follett na minha toalha de praia. Este ano a escolha recaiu n' O Voo das Águias, um relato verídico de uma história que aconteceu em no fim dos anos 70, na época da revolução iraniana liderada por Khomeini para derrubar o regime ditatorial do Xá Reza Pahlevi.
A EDS, uma empresa norte-americana de processamento de dados, com sucursal no Irão, onde tentava instalar um sistema informático na área da saúde e trabalho, vê-se envolvida em jogos de poder. Dois dos seus funcionários são acusados e detidos sem que acusação seja credível e cujo resgate exigido para a sua libertação são 13 milhões de dólares. Paul e Bill são os dois funcionários que conhecem a realidade das prisões iranianas, tendo como companheiros alguns dos homens com cargos influentes na sociedade que em momentos de revolução são apanhados numa teia de interesses e poder.
Ross Perot, fundador e presidente da empresa, em Dallas, milionário e com uma grande força dentro de si, de luta e perseverança, tem já na sua lista outras acções que demonstram o seu peso na sociedade e a força que tem. Por isso, não hesita e organiza uma equipa de voluntários que farão de tudo para salvar Paul e Bill. Todo este thriller relatado por Ken Follett foi real, e o livro é toda a descrição do salvamento. Mas mesmo sendo uma história real, não deixa de ser emocionante, antes pelo contrário, lemos com uma avidez, ao som das ondas do mar, para saber se nenhum daqueles corajosos homens iria ter um desfecho menos feliz. Na sua sempre mestria de um excelente contador de histórias, mais uma vez Ken Follett consegue agarrar-nos da primeira à última página, sempre na ânsia de conhecer mais desenvolvimentos. Vamos tratar por tu todos aqueles homens que passamos a admirar, como o Coronel Bull Simons, Jay Coburn, Ron Davis, Ralph Boulware, Joe Poché, Glenn Jackson, Pat Sculley, Jim Schwebach, a equipa “ilegal” que tentava salvar e tirar do país Paul e Bill, e também a equipa dos “legais”, que tentava a via diplomática, como John Howell ou Keane Taylor.Não nos podemos esquecer dos Iranianos, na história com nome fictício para os salvaguardar de possíveis retaliações do Irão vamos admirar o sangue frio de Rashid ou odiar Dadgar, o responsável pela prisão dos norte-americanos. Por saber que alguns destes homens puseram a vida em risco por outros, ainda os torna mais heróis.
Este livro foi escrito em 1983, muito antes da era da tecnologia, e a não existência de equipamentos (até para estabelecerem contactos entre si era complicado) torna toda esta experiência contada em palavras muito mais rica. Sim, para quem não sabe o que é viver sem tecnologia, leiam este livro e vejam como isso era possível.
Se gostam de Follett devem ler este thriller, e se gostam de suspense, então devem ler mesmo, pois cada nova página é suster a respiração!