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O sopro mágico das palavras

O sopro mágico das palavras

O teu sorriso

Tens o sorriso mais bonito que vejo passar por mim. Aquele sorriso que conheceria em qualquer tempo e lugar. O sorriso que guardo de ti em mim. Um sorriso que abre esta nossa ferida que tentamos esconder um do outro, mas que só um sorriso mútuo pode curar.

O sorrir que me encanta ao olhar para ti. Que sempre me encantou e que sempre será o meu sorrir preferido. Esse sorrir que é tão teu e que mais ninguém consegue ter. Porque és único. Um sorriso que vicia. Que me vicia em ti. Que me faz querer ver-te sempre só para te ver sorrir.

O sorriso que faz as estrelas se esconderem na noite quando caminhas pela estrada, para não se ofuscarem com o brilho desse sorrir. Paras e sorris. E sorrio para ti porque apenas um simples e puro sorriso teu é o momento mais doce que guardo do dia que passou. Segues e levas o teu sorriso contigo. E só queria seguir o rasto da cor que o teu sorriso salpica em mim.

Porque iluminas a noite no raio de sol que és ao somente sorrires.

Porque tornas o dia mais luminoso na estrela cintilante que esse teu sorriso é.

Sorri sempre porque o teu sorriso torna a tua alma ainda mais bonita.

Obrigada por me sorrires e sem saberes o teu sorriso fez o meu sorriso perdido na tristeza renascer só para te poder sorrir de volta.

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#opinião# Nicholas Sparks "Só nós dois"

São 18h de um dia de trabalho cansativo. O comboio cheio de rostos desconhecidos. Uma fila para o autocarro que cresce no crescer da noite. E eu absorta nas últimas páginas de “Só nós Dois”. As lágrimas que queria esconder refletem as emoção que as palavras escreviam em mim. Como sempre Nicholas Sparks tem a varinha mágica para esta escrita emocional que nos emociona sem nos deixar indiferente.

Já há alguns anos que não lia nada deste autor, mas recordei que são poucos os livros que não acompanhe com lágrimas. Mais uma história que se agarrou ao meu coração. Tantas vezes que fechava o livro mas Russell, a London, Marge, Emily e Vivian continuavam comigo pois sentia-me uma espécie de observadora intrusa daquela tão simples história familiar. É na simplicidade de histórias banais, corriqueiras que tanto acontecem que conseguimos escrever a intensidade deste nosso sentir que é simplesmente viver.

Como disse uma história aparentemente comum nos nossos dias. Russell é casado com Vivian e têm uma filha, a London, pela qual vão ficar perdidamente apaixonados, eu ainda estou rendida a esta menina de 6 anos. Um casamento típico que de um momento para o outro muda de forma abrupta. Quase que podemos dizer que há uma inversão de papéis, pois Russell passa a criar London praticamente sozinho. Um momento inesperado que vai fazer crescer tanto esta personagem. Quantas vezes me apeteceu entrar pelo livro e dar-lhe um abanão, mas mesmo forte para que tomasse uma atitude corajosa e enfrentasse Vivian, que se tornava exasperante. Quando as pessoas se deslumbram apenas com o lado material da vida deixam de existir e Viviam é exemplo disso.

Encontramos Marge, irmã de Russell, com a qual partilha uma das mais amizades que pode existir, sincera e eterna. Juntos enfrentam a vida. Juntos confortam-se. Juntos sorriem e juntos constroem memórias inesquecíveis de risos e momentos. Tantas situações contadas ao longo do livro que nos fazem sorrir com estes irmãos.

Ainda me sinto a tristeza das personagens na despedida a Marge, Liz, a sua namorada. Neste livro ao autor retrata a aceitação por parte de pais católicos a orientação sexual de Marge. Os pais de Russell e Marge, personagens que pelas suas características nos vão tocar sobretudo a forma como o pai demonstra o amor que tem pelos filhos. Nem sempre só os abraços são sinónimos de amor. E como me emocionei na luta inglória de Marge como este demónio chamado cancro, e não conseguia esconder as lágrimas dos rostos desconhecidos que passavam por mim enquanto lia.

Como diz Russell, Marge tinha sempre um plano. E será que nesse plano, estava que Russell iria continuar a educar a sua filha com tanta luta com Vivian que podia ter descido a um nível muito degradante?

E será que nesse plano, estará Emily, um antigo amor de Russell , que reencontra nas estranhas não coincidências da vida, pois Emily é mãe de Bhodi, o melhor amigo de London?

Perguntas que deixo para que depois de lerem este romance possam responder.

Uma história para ler, uma história de pessoas que se encontram a si mesmas.

Uma história escrita de emoções e pintada de sensações.

Um livro que nos fala de amor, traição, dedicação a um filho, doença.

Enfim, um livro que nos fala da vida de cada um de nós.

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Perder-me!

Perdi-me de mim quando te perdi.

Perdi-me de mim quando a vida nos fez perder um do outro.

Agora que te reencontrei, gostava de me voltar a encontrar em ti.

Agora que te reencontrei ainda perdida de mim preciso de ti para voltar a encontrar o caminho da vida. Preciso de me encontrar em mim.

Amei-te e ofereci-te a minha alma. Quando te perdi, a minha alma contigo continuou para que pudesses cuidar deste amor que nunca morreu. Que não morre comigo. Que continua e renasce cada vez que reencontro. Um amor que não deixo o pêndulo do destino perder. Mas para não perder esse amor, o destino perde-se de mim. E vagueio perdida neste universo perdido de mim.

Um amor que é dor nas lembranças não construídas de um agora que não existe em nós. Perco-me nos relâmpagos das reminiscências que guardo de ti. Memórias perdidas de um amor perdido pela vida.

Agora que te reencontrei preciso de voltar a reencontrar a vida da alma que fugiu de mim quando te perdi. Continuo a tentar reencontrar essa alma perdida mas sinto esta eterna tristeza de um olhar que o tempo perdeu em si.

Preciso que a vida nos deixe voltar a encontrar-nos dentro um do outro.

Para não mais me voltar a perder de ti.

Nem perder-me de mim.

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Piscar o olho ao natal

Um domingo de descanso. Um domingo só meu e só para mim. Sem horas. Sem compromissos. Apenas eu. A chuva, hoje, não quis aparecer. As gotas a cair na janela numa melodia inspiradora para inspirarem os gestos da tarde. As bolachas de gengibre e o chá para companhia. O cenário ideal para piscar o olho ao natal que se aproxima no calendário.

Há muito que o natal faz parte dos meus dias nos preparativos de uma festa de natal mágica para aqueles que precisam de sorrir. Uma festa que nos transforma a todos.

Por isso, embalada por esse espírito natalício, aproveitei este domingo só meu e fui buscar as decorações de natal guardadas na caixa que já tremia no armário numa ânsia de alegrarem os dias cinzentos de um inverno que tarda em se fazer sentir.

Fazer a árvore, colorir o seu branco com as cores de bolas e bonecos. As luzes para iluminarem os nossos dias. Os chocolates para adoçarem a árvore na doçura do natal. O presépio no seu eterno cantinho para que a esperança seja eterna no nosso caminho. Peluches espalhados por portas. O tapete na porta para dar as boas-vindas ao natal quando este nos bater à porta. As músicas preparadas para cantarem nas noites aquecidas pelas pantufas.

Passo nas lojas e perco-me nesta perdição de cores e feitios de tantos e tantos enfeites que existem. As decorações mágicas que me deixam encantada. Sinto aquela menina que há em mim sorrir como muitas vezes não pode sorrir quando era criança.

A casa a ganhar uma vida diferente nesta época para nunca me esquecer que os pequenos momentos são grandes em nós. Nestes nossos pequenos momentos que sorrimos. E sorrir faz tão bem.

Estamos em novembro e o mês de dezembro apressa-se até nós, por isso é altura de piscar o olho ao natal que aí vem no virar das próximas semanas.

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A coleção de cromos Gorjuss

Não é segredo para quem me conhece que adoro a tão famosa Gourjuss, uma criação da Suzanne Woolcott. Gosto de olhar estes retratos que captam momentos, congelam uma figura, um olhar, captando toda a sua essência. Uma aparente inexpressividade de momentos guardados que nos deixam hipnotizados. A sua beleza rara, única e diferenciadora torna-as tão ricas e impossível de não admira-las profundamente.

Todo o merchandisng que nasceu à volta da Gourjuss é simplesmente sublime. Cadernos, canetas, lapiseiras, bolsas, malas, puzzles, caixas e todo um mundo sem fim que nos tenta ao entrar numa papelaria. E como adoro cair nesta doce tentação.

Um dia destes, numa manhã de trabalho, deparei-me com a nova cadeneta de cromos. Vi que o preço até era acessível e lá comprei eu a caderneta só para ver como era. Bastou abrir para me perder naquelas páginas encantadas. Bastou abrir a primeira saqueta de cromos e ver uma diversidade de retratos para me apaixonar ainda pela Gourjuss. Cada cromo mais bonito que o outro. A harmonia nos retratos. O parar nas páginas por preencher. Por isso esqueci a idade que o cartão de cidadão me diz ter e fui chamar a minha criança interior. Sem vergonha de comprar saquetas de cromos. Sem pudor de me deliciar a abrir cada saqueta e colar cada retrato no seu lugar. Sentir-me enfeitiçada pelo brilho. A alegria de ver a caderneta a ficar completa. A ansiedade saudável de procurar os números em falta. Os 10 minutos da terapia de final de dia só meus e da Gourjuss. Eu, a minha criança e os cromos Gourjuss.

Como são deliciosos estes meus momentos da minha criança interior com a Gourjuss. Quero essa minha criança sempre a existir em mim.

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Olá Novembro!

Acordo em Novembro na manhã pintada de nevoeiro. Um cenário que nos envolve e nos transmite um conforto na alma. Chega o mês do chocolate quente para aquecer o corpo. A manta e um livro nas tardes de domingo. Os preparativos para o natal começam a apressar-se. O sol que timidamente se esconde para deixar o brilho de um olhar a descoberto. Acordo na primeira manhã de Novembro e vejo a mais bela tela que me sorri. A vida que nos acaricia neste doce nevoeiro.

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