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O sopro mágico das palavras

O sopro mágico das palavras

Parabéns Poesia!

Parabéns Poesia, hoje é o teu dia. Um dia dedicado a uma das minhas grandes paixões, as palavras poéticas, sem rimas, escritas ao sabor do vento, desafiando os sentimentos a serem decifrados pela leitura de outros. Um dia, quando me conheci, fui enfeitiçada pela arte que alguém se lembrou de batizar com poesia. Aprendi a ler com os poetas. Quis ser poeta. Perceber como se escrevem aquelas palavras quando um coração chora e uma alma uiva de dor. Quis sentir como se sente um poeta. Uma alma ferida, uma alma incompleta que se completa na incerteza de ser. Quis viver nas palavras, adormecer nos poemas. Olhar as estrelas e ler nelas um poema de amor. Ser poeta a tempo inteiro, esse sonho que acorda em mim e que acompanha os meus passos. Poesia, poemas, nada de rimas, apenas a essência de uma alma sincera na sinceridade do que escreve. Uma alma despida de adereços.
Um dia dedicado à melodia das palavras que escrevem os sentimentos. Para mim, todos os dias são dias de poesia, porque ser uma espécie de aprendiz de poeta, é amar a poesia a cada minuto, a amar a poesia de cada momento. Porque todos os momentos podem ser escritos pela poesia, transformando as emoções em frases.
A cada dia que passa neste calendário da vida, apaixono-me por esta paixão de escrever a vida em poema.

Foto : Internet

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Olá Primavera!

Querida Primavera, dizem que já chegaste quando o relógio marcava 16h15. Chegaste envolta em frio para nos lembramos de como gostamos de ti. Do teu aroma a quente. Os raios de sol refletidos na água tornam os nossos olhos mais brilhantes de ver como és bonita, doce primavera. Porque és o renascer. O renascer da alma. Da vida. És o nosso renascer. Traz contigo o sussurrar dos sorrisos, o saltar na alegria dos momentos. Deixa em nós as tuas suaves recordações para nunca nos esquecermos que depois do escuro de um inverno vem sempre a tua luz. Só temos de estar atentos ao nosso caminho. Porque o brilho da tua luz deixa salpicos na estrada para que possamos sempre seguir-te.

Foto: Internet

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Fazes-me doer!

Fazes-me doer. Uma dor que também te faz doer. E que ninguém vê. A nossa dor. A dor do nosso amor. Do meu amor por ti. E da morte por nós.

Fazemo-nos doer porque a vida doeu em nós. E continua a doer, mas fingimos que nada dói. Contudo a alma naufraga na propagação de um sofrimento que rebenta nas memórias afundadas num tempo que a vida voltou a trazer.

Fazes-me doer porque ainda te amo. Para mim amar será sempre a dor de ti. A minha mágoa. A nossa ferida. Faz-nos doer.

Fazes-me doer porque nos amamos e nada podemos dizer. Somos o silêncio mudo de um amor que grita por mim e por ti. Um amor para sempre proibido. Condenado. Fazes-me doer no sentir a culpa em ti que não queres relembrar sempre que me vês. Falamos no consolo de uma dor nossa e que não partilhamos.

Faz-me doer o ventre esvaziado de emoções. Um ventre despejado de carinhos. Um ventre pregueado de espinhos que rasgam a esperança de gerar o nosso novo bater do coração. Aquele coração que desapareceu connosco quando me fechaste os olhos. Quando o destino selou o nosso eterno caminho de encontros e reencontros até nos perdoamos por nos amarmos.

Faz-me doer a raiva que germina em mim por me sentir atraiçoada pela estrada da vida. Onde a dor me atropela. E me deixa ali sozinha a fazer-me doer. Sem respirar. Sem ti.

Fazem-nos doer porque temos um livro por terminar. Uma história para continuar. Frases por escrever. Uma dor para apagar. Ninguém nos deixa sermos os momentos do que somos um ao outro. A vida não nos deixa curar esta nossa dor.

Fazes-me doer. E isso faz-nos doer. 

 

Foto : Internet

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Um amor e uma eterna dor

O que fizeram as nossas almas uma à outra para agora quando nos cruzamos sentirmos esta devastação dentro de nós? Cada um no silêncio do seu recanto a contorcer-se num abismo que nos consome. Um enredar frequente com o precipício.
O que será que outras vidas nos fizeram para olharmos um para o outro e nos sentirmos totalmente destruídos? Desamparados no meio dos destroços das emoções. Um desmoronar constante de quem somos.
O que nos terá feito doer tanto para essa dor ainda estar dentro de nós? Ver-te faz doer-me. Faz doer-te ver-me. Doí-nos a tristeza.
Que lágrimas são estas que não secam e que choram no nosso coração? Ouço as tuas lágrimas no meu coração. As minhas lágrimas tão perto do teu rosto.
Que tempo foi esse que ainda é para nunca me ter esquecido de ti e mal te vi pela primeira vez soube quem eras? O passado acenou-me. E lembrei-me de tudo o que foste.
Que amor terá sido esse para agora sentir este amor sem sentido? Um amor sem rumo, sem final. O meu fim.
Que destino é este que não nos deixa abraçar para nos perdoamos e perdoar o destino por nos ter separado? Para finalmente podermos olhar-nos na tranquilidade de uma paz que já não sabemos o que é. Confortarmo-nos.
A minha alma. A tua alma. A nossa alma. A nossa história. Um amor e uma eterna dor.

Foto : Internet

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