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O sopro mágico das palavras

O sopro mágico das palavras

Um olhar a 2019!

Olho o infinito deste mar e relembro este ano de 2018 que começa suavemente a despedir-se de nós por entre os minutos e as horas que se preparam para receber 2019. Sentimos o seu prazenteiro ondular por entre as ondas onde navega para não se atrasar ao convite que lhe fazemos. Atracar no destino a tempo e horas das boas-vindas.

Deixo que este mar leve consigo estas últimas semanas de emoções desgastantes. Renovar energias. Largar os velhos hábitos que o universo me retirou de forma tão abrupta e inesperada, mas deixando uma imensa aprendizagem e amizade. Talvez a mais difícil deste ano que já acena no adeus. Uma de muitas aprendizagens constantes que guardo. Mais um ano de encontro ao meu caminho, um ano de novos ensinamentos, novos desafios e novas descobertas. Um ano de novas amizades que transporto delicadamente dentro de mim. E outras tantas amizades que crescem no jardim do meu amor por elas.

Levo deste ano os momentos que ficam e não se esquecem. Guardo 2018 porque os momentos são para serem guardados. E um dia serem recordados na reminiscência do tempo.
A minha alma arrebata a naturalidade daquele doce bom dia e dos teus olhares nocturnos. Que 2019 me continue a presentear com aqueles pequenos gestos dos dias que se enlaçam nas noites e que tanto confortam a minha alma.

Guardo as palavras de ternura e o carinho nos gestos. Gestos simples, mas vida está nessa simplicidade de momentos. São momentos meus que não troco. Momentos meus que quero repetir.

 Meu querido 2019, não te esqueças e traz contigo a minha eterna gratidão de poder continuar a ser agraciada com a tamanha beleza de viver e poder olhar para sorrisos que me acalmam e suavizam a mágoa que tantas vezes não me larga. E aquele teu sorriso aberto enfeitiçador de corações é a minha fotografia preferida que levo deste 2018.

Um ano com novos sonhos que se delineiam no traçar do lápis do meu ser. Convido 2019 a colorir estes meus sonhos de ventura e brandura. Rabisquemos pedaços de sonhos. Pintemos os dois as cores do arco-íris nos meus dias acordada a perseguir os desejos de quem tem a ousadia de sonhar.
Um ano das minhas eternas palavras. Um ano de palavras escritas no olhar. As palavras dos momentos. As tuas palavras. Continuar a escrever-te para me escrever. Querer descobrir-te para me reencontrar em mim. Mesmo que seja neste nosso silêncio que possas ser luz neste meu crescer. Que um dia te possa sussurrar que as minhas palavras são tuas. E o teu olhar nesse sopro de respirar, responderá que sempre soube que cada frase era para ti e apenas para ti. Que este silêncio que é só meu e teu se transforme em conversas de lábios. Que possamos escutar o que as nossas almas conversam no silêncio dos nossos corpos distantes.

Que 2019 seja um ano de felizes encontros e afortunados reencontros nossos em nós.
Um feliz ano de 2019 a todos os que fazem parte da minha vida. Um ano para aproveitarmos as oportunidades de sermos felizes. Vivam e sonhem a felicidade. Agarrem cada momento como se fosse único e irrepetível. Porque cada momento é diferente na memória que fica.
Desenhem instantes. Retratem sorrisos. Fotografem amor. Esbocem sonhos. Rabisquem incessantes alegrias.
E não se esqueçam de simplesmente viver! Apenas isso….Viver!
Olhemos juntos na direção de 2019!

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É tempo!

É tempo de sentar e escutar as aprendizagens do passado.
É tempo de respirar a incerteza do futuro e olhar o horizonte sem nunca deixar de acreditar no brilho da vida mesmo que por vezes esteja encoberta por passageiras nuvens.
É tempo de escrever os momentos vividos e rabiscar os contornos dos que se prepararam para serem desenhados.
É tempo de sentir o nosso eu.
É tempo de conversarmos com a nossa alma.
É tempo de viver. Hoje e sempre.

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Parar o tempo no teu sorrir!

Queria que o tempo tivesse parado nesse sorriso teu que o olhar escondia. Olhar esse sorriso enfeitiçador de memórias. Parar a olhar. Os teus olhos mel-outono que me procuram tremem-me os joelhos. Que desfalecem nesse teu sorriso que me enfraquece a alma. Recuperar o meu respirar que levas atrás de ti.

Queria que o tempo tivesse parado nesse teu sorriso de domingo. Nesse sorriso teu para mim que em mim fica. Esse sorriso teu para me inspirar e enfrentar a semana que está a chegar.

Imagem : Internet

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#opinião# Agatha Christie "O Natal de Poirot"

Confesso que já nem sabia quando tinha lido, pela última vez, um livro de Agatha Christie. Recordo os livros que avidamente li na minha adolescência e cuja memória de fascínio ainda guardo em mim. Por isso, num daqueles acasos, reparei que havia um livro cujo enredo se passava no Natal. Nem hesitei, que maravilha poder voltar a ler esta senhora da escrita policial e com uma história envolvendo o Natal e reencontrar um velho conhecido, Poirot (oh as saudades que tinha da sua inteligência e argúcia).

Simeon Lee, o patriarca dos Lee, resolve convidar todos os filhos) para comemorar o Natal na sua luxuosa mansão da família. E não só, a neta que ninguém conhece também será presença assim como um filho de um amigo de Lee que aparece por lá (o que adensa mais o cenário). Começamos logo por perceber que tipo de homem quase execrável é Simeon com as cenas em que os seus filhos (Alfred, Harry, David e George) decidem ou não se aceitam o convite do pai (à exceção de Alfred que mora com o pai). E apercebemos o tipo de personalidade dos filhos e das respetivas esposas.

Véspera de Natal. A reunião da família Lee é destruída por um ensurdecedor barulho de mobília a partir-se, seguido por um grito de agonia. No andar de cima, o tirânico Simeon Lee encontra-se morto num lago de sangue com a garganta cortada. Não sem antes assistirmos a uma reunião ainda com Simeon vivo, em que humilha veemente todos os seus filhos e noras. O que torna todos os estes personagens suspeitos.

Por coincidência, Poirot encontra-se a passar o Natal em casa de um amigo e vê-se envolvido neste mistério. Encontra uma atmosfera não de luto mas de suspeita mútua. Parece que toda a gente tinha as suas razões para odiar o velho. E nas páginas confirmaremos isso.

Pouco ou nada posso adiantar da história, pois todos os pormenores estão intrinsecamente ligados e referir um e não referir outro é deixar a história coxa. É tão bom saborear as pistas que vão surgindo e tentando na nossa mente e tentar reconstituir o crime, observar as falhas dos suspeitos e ter muita atenção às pistas de Poirot.

Uma nova confissão, algumas das pistas a minha mente não as leu, e por isso fiquei literalmente surpreendida com o desfecho e o deslindar do assassino do patriarca Lee. Claro que não vou revelar quem foi nem dar pistas (o que me controlei para não saltar para as últimas páginas). Pela curiosidade crescente, lia avidamente páginas atrás de páginas para mais depressa desvendar o mistério. E é uma surpresa.

Não é típica leitura natalícia, mas que reencontrar Poirot no Natal foi tão bom.

E quero, muito em breve, voltar a ter outro livro de Agatha Christie nas minhas mãos.

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Olá meu querido dezembro! Olá Natal!

E chegou o frio que arrepia a pele. Chegaste meu querido mês de dezembro! Chegas na orvalhada da noite e na neve que chegará para pintar as árvores deste teu mês de um branco angelical a relembrar os anjos do natal.

As camisolas saltam do armário abraçadas ao cachecol que aquece a alma. Gorros, luvas, acessórios para brincar na beleza deste frio. Tantos de nós que não gostam de ti, meu amigo dezembro. Frio, mau tempo, o tempo escuro. Mas em tudo há uma beleza escondida. O frio na sensação de um termómetro que marca graus assustadoramente baixos, e um sol que torna este frio tão apetecível. Ou o som da lareira a crepitar para nos aquecer. Momentos só teus, dezembro.

O mau tempo que acompanhado por um chocolate quente, uns biscoitos caseiros e um bom livram, enrolados na manta polar, tornam uma tarde de chuva deliciosamente deliciosa. E a escuridão da noite que se acomoda cedo em nós, traz doces olhares a descoberto. Obrigado meu dezembro por me deixares ser agraciada por tamanho sorriso nesses olhos.

Dezembro, também és sinónimo de Natal! O mês por excelência em que o carinho e amor deviam existir em excesso, um saudável excesso. O mês de embelezar a casa e ruas com as típicas decorações de Natal que enchem de cor e feitios o nosso coração.

As luzes que brilham à luz da lua no regresso a casa, para nos mostrar que mesmo na escuridão existe sempre uma luz para guiar os nossos passos.
A época natalícia, a época dos doces e docinhos, dos sonhos às rabanadas e o bolo-rei no centro da mesa da sala, enquanto o bacalhau e o peru perfumam a casa numa mistura de cheiros e sabores. A deliciosa comida que nos encanta e sem a qual, a existência de dezembro e do seu Natal não teriam sentido!
O mês da família, o mês do convívio, o mês da partilha de experiências e episódios que ocorreram ao longo do ano. Não levem a tecnologia para a mesa da consoada, mantenham o dezembro fiel à sua tradição natalícia. O contacto pessoal, as emoções da conversa são precisas para manter as palavras físicas vivas. E por favor, não pensem que só agora nos devemos preocupar com os outros, que devemos mostrar o nosso amor, carinho e preocupação. A solidariedade e o voluntariado existem nos restantes meses do ano, assim como os amigos e família que devemos mimar também nesse tempo todo e não enche-los de prendas apenas nesta altura. Digam não ao consumismo desenfreado a que se assiste neste mês e vivam o verdadeiro espírito natalício. É preciso tão pouco para ser feliz! Feliz daquele que descobre em si essa descoberta de como sorrir no Natal sem precisar das prendas materiais!
Olá Dezembro e obrigado por trazeres contigo a beleza do Natal!
Dezembro gosto muito de ti! Volta sempre!

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