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O sopro mágico das palavras

O sopro mágico das palavras

Ama-te primeiro!

Ama-te primeiro. Só conseguirás amar os outros se te amares primeiro. O amor por nós é o nosso primeiro e grande amor.

Não ames os outros sem te amares a ti porque nunca perceberás se os outros realmente te amam. Não vivas numa ilusão. Vive a realidade.

O dia em que te amares pelo que és e como és conseguirás ver o amor dos outros nos teus olhos. E estarás preparada para receber o amor. Porque és amor.

O amor gera amor. O amor por mim e em mim gera amor no outro e para o outro.

Ama-te primeiro. Para saberes amar e ser amada!

Imagem : Internet

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#opinião# Marcia Grade "A Princesa que acreditava em Contos de Fada"

Ainda estava eu a deslizar as minhas mãos pelo livro “O Cavaleiro da Armadura Enferrujada” e já um outro título me piscava o olho na contracapa de seu nome “A Princesa que acreditava em Contos de Fada”. Ainda estava eu a assimilar o que lia e aprendia com o Cavaleiro e já estava eu numa hora de almoço a comprar um dos últimos exemplares na livraria.

Foi deixar o Cavaleiro descansar em mim e já a Princesa se tornava parte dos meus dias.

Conhecemos a Princesa Vitória que sonha desde criança com o seu príncipe encantado que a via libertar da tirania dos seus severos e autoritários pais que não a deixam ser criança. Cresce e esconde a sua criança interior, Vicky, o seu lado feliz e reguila no seu armário. Porque há regras a cumprir, nada de danças malucas, nada de cantos sem treino e nada de gargalhadas. Ou seja, não pode ser quem realmente é. Por isso, torna-se uma mulher demasiado frágil. Até que conhece o seu príncipe, bonito, delicado. O perfeito príncipe encantado que supostamente a irá salvar. Mas, há sempre o mas. Esse príncipe é um homem com traumas, mal resolvido que vai chantagear psicologicamente a nossa princesa. Uma violência psicológica que fere. Que danifica a alma.

Quando decide que precisa do seu final feliz, a Princesa terá a companhia de um mocho e outras personagens que a ajudarão no seu caminho. Mas terá de percorrer as dificuldades sozinhas. Superar-se. Romper os medos. Acreditar em si e nas suas capacidades.

Um livro que nos diz que não é o outro que nos vai preencher. Que temos de nos preencher por nós mesmos. Só quando estivermos preenchidos connosco mesmos, o outro irá ser parte daquilo que nos preenche.

Um livro que nos diz que nada nem ninguém nos pode deitar abaixo, que não podemos dar o poder a ninguém de nos atirar para a lama.

Um livro que nos diz para nos ouvirmos. Para deixarmos a nossa voz interior falar connosco.

E seguirmos o nosso caminho.

Um livro que nos diz para acreditamos sempre em nós!

Um livro que nos diz que enquanto não nos amarmos a nós mesmos da maneira que somos, mais ninguém nos amará.

Sermos quem realmente quem somos sem que ninguém nos transforme naquilo que não somos!

Escrevo um pequeno excerto para vos deixar aquela vontade de ler este livro que recomendo!

 “Tal como o mar avança e recua, também nós avançamos e recuamos com a maré da vida (...) Nos braços da fraqueza está a força, ansiosa por se libertar. Na opressão da dor está o prazer, esperando apenas ser. E no caminho dos obstáculos está a oportunidade (...) A experiência nem sempre é a verdade, pois é colorida pelos olhos através dos quais é vista. É no silêncio da nossa mente que ouvimos a verdade (...) Cada novo momento é um banquete de possibilidades novas. (...) E tudo o que é, em breve será tudo o que foi.”

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#opinião# Robert Fisher "O Cavaleiro da Armadura Enferrujada"

Uma quente tarde de maio. Um encontro de longas amizades. Aquelas que nos conhecem e nos presenteiam com livros que sabem ser um espelho de nós. Desconhecia a existência de “O Cavaleiro da Armadura Enferrujada”, um cavaleiro na descoberta do seu caminho da verdade. Um conto de palavras poéticas e sentimentos profundos quando nos lemos a nós mesmos naquelas páginas, naquelas vivências, naquelas experiências. Uma história que nos aconchega na sua simplicidade na grandiosidade das obras-primas que nos tocam a alma.

Um cavaleiro que vive na e para a sua armadura que o protege nas cruzadas a fazer o bem. Mas só olha para si numa atitude inconscientemente egoísta. Tanto que não tira a armadura. A mulher e o filho já não o conhecem. Nem o seu rosto veem. Inclusive, nem para comer tira o capacete. Até o dia, num ultimato da mulher, percebe que a armadura está enferrujada e não consegue tirá-la. Esse é o momento em que, com a ajuda de Merlin, começa a trilhar o seu caminho da verdade.  

Uma procura interna de quem somos, das barreiras que criamos perante um mundo exterior sem ouvirmos o nosso mundo interior. Barreiras que nos impedem de nos conhecermos e amarmos a nós mesmos.

 Um percurso de vida e da verdade de quem somos. Os medos. O que guardamos cá dentro. O abismo e a solidão das escolhas fáceis e supérfluas.

Aprender a escutar o nosso silêncio. A enfrentar os nossos fantasmas e demónios.

O caminho da verdade, aquele que nos leva ao topo de uma montanha de felicidade, fé, amor e prosperidade verdadeira.

Deixo algumas frases marcantes deste livro que nos deixam a pensar depois de fecharmos o livro.

“ O Caminho da Verdade... três castelos que te bloquearão o caminho... O primeiro castelo chama-se Silêncio; o segundo, Conhecimento; e o terceiro, Determinação e Coragem. Uma vez no seu interior, só encontrarás a saída depois de aprenderes aquilo que lá deverás aprender."

“Colocamos barreiras para nos proteger de quem acreditamos ser. Então, um dia, estamos presos atrás das barreiras e não podemos mais sair.”

 “Nunca havia apreciado o que acontecia no momento. Durante a maior parte de sua vida, não havia escutado realmente a ninguém nem a nada. O som do vento, da chuva, o som da água que corre pelos riachos, haviam sempre estado ali, mas na realidade nunca os havia ouvido…”

“O cavaleiro chorou mais quando compreendeu que, se não se amasse, não poderia realmente amar os outros. A necessidade que tinha deles era um obstáculo. Nisso apareceu o mago e lhe disse: somente poderá amar os outros à medida que ama a si mesmo”.

 “Permanecer em silêncio é mais do que não falar”.

Um livro de uma raridade excecional. Sublime e intenso. Um livro para ler e reler em diversas fases da nossa vida. Um livro para nos fazer parar e pensar.

Um livro que todos mas mesmo todos nós devíamos ler.

Leiam e pensem no vosso caminho da verdade! E se lá no fundo somos ou não o cavaleiro da história!

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Dezasseis dias!

E depois de um e dois dias.
E depois de cinco e seis dias.
E depois de nove e dez dias.
E depois de treze e catorze dias.
Depois de tantos dias. Dezasseis dias contei eu nestes dedos. E voltei a recontar para ter a certeza.
E depois desses arrastados dezasseis dias, o estômago revolve-se-me por entre as palavras que me queimam. Ainda vens longe e já o pneu na estrada me esmaga os sentidos.
E depois desses dias todos que tantos foram as pernas tentam segurar-me no meu desmaiar quando sorris. Nunca olhei para o relógio nos dias que foram para não sentir essa saudade tua que tinha em mim. Porque a memória do teu sorriso não me larga. Nem a borracha do tempo te apaga de mim.
E depois de esses duros dias, estavas ali parado. De costas para ti. Ver-te. A força das tuas mãos. Querer agarrar-te. Perder-me para me encontrar em ti.
E depois de tantos dias, dezasseis, contei eu, um a um, o reviver os fins de tarde. O vento, o frio que nos gela as mãos, o regresso a casa e tu.
E depois dos dias gritantes, a tranquilidade das nossas conversas silenciosas. O teu sussurro ali tão perto. Escondido que só eu ouvi.
E depois de dezasseis dias sem o teu rosto nos meus olhos voltei a sentir a vida pulsar nesta alma minha.

Imagem : Internet

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Ed Sheeran...Um concerto simples, genial e épico!

Ainda sinto a pele tão arrepiada. Como se não tivesse dormido. Como se ainda estivesse ali no estádio naquele concerto que nos encheu alma de tão poderoso que foi.
Um homem em palco. Ele e nós. Nada mais que isso. Vá lá, e uns ecrãs enormes, porque a malta precisava de o ver.
Um cantor sozinho. Acompanhado pela sua guitarra. Um duo perfeito na perfeição que foi esse concerto. Nada de show off, de adereços. De luzes ou brilhos. Ele e a sua música.
Um hino à simplicidade. À honestidade de sermos genuínos.
Uma moldura humana que nos fica nos olhos. Uma emoção indescritível. Apenas acho que tantos de nós devíamos largar os telemóveis. Não passar o tempo todo do concerto a filmar. Deixar o telemóvel no bolso e sentir a música entrar no corpo. Vibrar. Sentir cada acorde no coração. Gritar. Porque o momento fica gravado na nossa alma. Na emoção que sentimos. E não no telemóvel que um dia destes se perde. Mas o momento ficou comigo. Por isso as fotos são tão poucas.
Aprendamos nesta simplicidade a deixar fluir o nosso eu. Soltar e viver cada música. Não ficar ali parado a olhar como se fosse mais um concerto daqueles normais. Porque não o foi. Foi um concerto épico feito apenas com um herói.
Ainda estou maravilhada com tamanha simplicidade. E cada vez gosto mais disto de sermos simples.
Porque a simplicidade pode ser genial.
E Ed Sheeran foi isso....simples e genial.

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