E os palcos ficaram mais pobres
O mundo da cultura vai ficando mais pobre. Ontem as palavras que morreram. Hoje um palco cujo pano se fechou e não voltará a subir.
Triste notícia esta num dia que foi de sol-esperança. O alento de dias melhores que se dissipa na tristeza.
Um homem bonito que viajou para outros palcos num dia com nuvens algodão-doce. Um céu luminoso para receber uma estrela brilhante. Que partiu cedo demais. 46 anos. Arrepia-se a nossa pele. Que crueldade. Tanta vida que lhe espreitava. Tantos palcos por pisar. Tantas personagens para vestir em si. Um homem discreto como são as verdadeiros artistas. Não precisam de show off para mostrar o seu talento. E assim será recordado. O ator. O homem. O marido e pai.
Hoje, os palcos choram. Mas o Filipe deixou-nos uma última mensagem que podia ser dos seus muitos papéis : viver o hoje porque o amanhã é incerto. Cada vez mais estas palavras nos fazem tanto sentido. Vivamos.
Descansa Filipe nesse teu novo palco.