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O sopro mágico das palavras

O sopro mágico das palavras

O que 2020 nos deixa para 2021

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Está a chegar a hora de dizer adeus a 2020 e abraçar esse desconhecido 2021 que já espreita por entre os pingos da chuva. Vejo por aqui tanto ódio a 2020, tanta vontade de o ver pelas costas, de esquecê-lo. Tremendo erro. 2020 não pode ser varrido para debaixo do tapete. Não pode ser ignorado. São tantas as lições que temos de levar connosco deste ano. Não, não foi um ano fácil. Ninguém diz que foi. O universo colocou-nos à prova. Trouxe-nos um enorme desafio para juntos superarmos. Obrigou-nos a um recolhimento interior. Mais do que aqueles recolhimentos físicos, tivemos de nos voltar para dentro de nós mesmos. Ouvirmos os medos, as angústias. Enfrentar de frente as nossas feridas mais profundas. Encontrar o nosso equilíbrio emocional. Foi duro. Ainda o está a ser. Estamos a crescer. As dores de crescimento fazem doer. Mas depois a paz interior virá. E será tão recompensador.
Foi um ano de percebermos como é importante sentir cada momento porque não sabemos quando terá repetição. Absorver em nós as sensações da natureza. Sermos verdadeiros connosco mesmos. Fiéis às nossas emoções.
Foi altura de tornarmos a gratidão uma filosofia de vida. Não só a hastag que fica sempre bem nas redes sociais, mas viver a gratidão no coração. Não é preciso andar sempre de obrigada na boca, mas sim a alma estar grata pela simplicidade das coisas. Inspirar amor. Expirar gratidão. Um doce ciclo.
Foi um ano que nos ensinou a beleza dos olhares. De conversa de olhos quando as máscaras ofuscaram os sorrisos. De brilhar a cor dos nossos olhos no outro. Adoro olhos a descoberto. Olhos transparentes que transbordam amor.
Um ano de distanciamentos, mas de palavras e amizades que aconchegam o coração. Há amizades que nos são diamantes. De velhas amizades que se fortalecem e de novas amizades que chegam na sintonia do espírito.
2020 tornou urgente o salvamento da nossa Terra-Mãe. É a nossa casa e temos de a estimar pois não há uma segunda habitação para a humanidade. Cuidemos do planeta para continuarmos a nossa viagem terrestre.
Também em 2020 aprendemos a importância de cuidarmos de nós. Do templo sagrado que é o nosso corpo. De alimentarmos a nossa alma com emoções positivas. De deitarmos no lixo tudo o que nos é tóxico, a raiva, o medo, o ódio, todas essas sensações que nos matam aos poucos. Cuidarmos de nós e renascer.
Entendemos ou quem o queira entender que não temos controlo de nada. Que isso é ilusão. É tempo de fluir com o universo. Dançar com as estrelas. E sermos felizes assim mesmo que nos chamem loucos. Loucos são os outros que não vivem ou fingem que vivem no seu controlo ilusório e na fuga deles mesmos.
Por isto e por tanto mais 2020 tem de nos ficar na memória para que possamos aprender o que o universo nos está a ensinar. Senão daqui a uns tempos vamos levar na cabeça desse rei e senhor universo.
Está a chegar 2021. Que nos seja um ano de conquistas, sonhos, amor e saúde. Que tenhamos força para superarmos os desafios.
Logo nas passas da meia-noite com a lua cheia a iluminar o céu, brindemos com amor a 2021. Abraçar os sonhos. Escrever as decisões
Para continuarmos o nosso caminho pessoal.
Um Feliz Ano de 2💖2🙏.

Lua

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Chegar a casa.
O passeio do céu iluminado pela cintilante luz da lua. Por onde as estrelas deslizam até adormecerem. E sonharem alegrias.
A lua lá em cima. As nossas emoções cá em baixo. O equilíbrio do nosso vivenciar.
Sentir o silêncio do universo em harmoniosas conversas de amor. Palavras feitas de açúcar.
Os abraços de olhares entre ramos e folhas. Tão ternos. Com a bênção da lua.
Respirar o ar noturno que nos entra pelo nariz e acorda a alma.
Chegar a casa. Com a lua a acompanhar-me. Mesmo em cenários citadinos a natureza está sempre presente. Basta procurar com o coração
Tão grata por este seu piscar de olhos atrevidos para mim no encontro com o descanso.

#A Princesa dos Caracóis

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A princesa dos caracóis (mesmo que os tenha perdido será a eterna e única princesa dos caracóis) e o seu pai são amor. Olhar para eles é olhar o amor mais puro e sincero que o coração de uma princesa pode conhecer. Olhar esse amor de rei e princesa é acreditar no amor entre pai e filha. Não tenho memórias em mim de um amor assim tão honesto, protetor e paterno que vê-los é descobrir como os olhos de amor de um pai podem ser os mais bonitos de todos. E o pai da princesa dos caracóis mostra-me como o amor de um pai devia ser, simples e espontâneo. Um pai feito de abraços e amparo de quedas. Que continue a ser esse pai magnífico que a princesa escolheu. E ela preferiu o melhor de todos.
A princesa dos caracóis nasceu em amor, por isso o cor-de-rosa é a sua cor. Não porque é uma menina indefesa ou vulnerável. Mas veste o seu cor-de-rosa porque vive numa bolha de afeto que lhe deixa o rosto tão brilhante como o sol. Um dia o pai vai ensiná-la que mesmo nos tons rosa pode ser a mais forte das princesas. E sem dúvida que o será!
Sinto-me uma espécie de intrusa sem autorização para entrar quando olho este amor genuíno. O coração aperta-se em emoção. Não porque tenha inveja. Jamais poderia sentir algo tão mesquinho perante um dos cenários mais inspiradores que posso observar na vida. Sinto uma gratidão imensa por poder olhar o amor de um pai e uma filha e encher a alma de tranquilidade. E ajudam-me a perdoar tanto. Sou-lhes grata por isso.
Quando duvidar do amor. Quando for uma descrente. Quando desanimar e perder a esperança. Quando isso acontecer fecho os olhos e recordo esta imagem de amor do pai e da princesa dos caracóis para voltar a acreditar nesse sentimento tão sublime que é amar. Renascer na urgência que é o amor em nós.
Que estes dois estranhos e anónimos continuem por aí a espalhar o charme da ternura por onde quer que passem e que continuem sempre a caminhar de mãos dadas em amor.
 
Imagem : Internet

Sonhar-te

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Nem sempre estamos bem. Não temos de estar. Há dias em que por motivos vários a energia nos falta e o corpo ressente-se nesse desequilíbrio. Deitas-te nesse cansaço que transportas em ti. E nesse dormir há um sonho. Um sonho tão real que se confunde entre a ilusão e a verdade. Tu ali perto à beira da minha cama. Com os teus olhos amor. A tua voz a sussurrar-me doces palavras aos meus ouvidos. Num tempo que não sei precisar porque as almas não se regem pelos relógios humanos. Nesses instantes olhamos-nos. A tua alma ali a cuidar da minha alma enquanto os corpos distantes dormiam.
Era noite escura, não havia luzes no sonho. Não eram precisas porque já és luz. Às vezes começo a achar que me és uma espécie de guia nessa viagem que é conhecer-me. A minha alma-sol preferida.
Que coincidência essa de me visitares no sonho em dias menos bons. Ou não, talvez não seja coincidência nesse laço que o silêncio nos une. Talvez algures dentro do teu coração te lembras de idas histórias nossas. E sintas.
Depois partiste. Continuei a dormir.
Acordei e pensei imediatamente em ti porque não me esqueci mais desse encontro nocturno. A memória ficou-me retida no coração.
Vieram-me as lágrimas aos olhos. Não eram de tristeza por não estares ali. Eram lágrimas de emoção. Emocionas-me tanto. Mais do que faça sentido. Também não é para fazer sentido. É para sentir. Só isso.
Senti os arrepios na pele como se tudo tivesse acontecido. Como se estivesses estado ali.
E quem sabe, talvez nos tenhamos mesmo encontrado nesse sonho.
Mas a resposta, só as nossas almas saberão.

Imagem : Internet

Feliz Natal

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Este ano a vivência do Natal tem sido diferente. Tivemos de restringir os afetos físicos. Os abraços são dados pelos olhos. Os sorrisos escondidos atrás das máscaras são transformados em palavras ternurentas.

A mesa da Consoada teve de ser reduzida em conversas e cadeiras. Menos pratos e menos gargalhadas. O respeito por nós e pelos outros impera. Sacrifícios para futuros dias felizes e tranquilos.
É um Natal de recolhimento. De encontro ao nosso coração. Ao nosso verdadeiro eu. Um Natal de diálogo interior, o mais difícil. No entanto, o mais essencial. Conversemos connosco mesmos. É tão gratificante.
O Natal até pode ser diferente neste 2020, mas não é por isso que tem de ser vivido de forma triste.
Temos as músicas de Natal para cantar de pulmões abertos. As camisolas de Natal que aquecem os dias frios. Os acessórios de Natal que são arco-íris de felicidade. As leituras natalícias e os filmes de Natal para nos alegrarem as horas. Os doces para adoçar a alma. Os sonhos que devem ser sonhos de amor. A tradição do bacalhau e do peru que aprimora os sentidos. O Bolo-Rei no centro da mesa de emoções.
Retiremos do Natal, aquele consumismo exacerbado. Sem nexo. As prendas materiais não preenchem o vazio do amor nem a ausência de vida. Quando iremos compreender isso?
Vivamos um Natal diferente, um Natal cheio de amor e saúde , porque isso é o que mais importa

O prazer mórbido em matar animais

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Na semana de que devia ser de amor. Na semana em que uma nova Era se faz anunciar no céu. Nessa mesma semana, somos confrontados com uma barbárie inqualificável em supostos tempos modernos. Mas isto mais parece ser de homens primitivos, e nem esses faziam tamanha matança por diversão. Como matar pode ser um passatempo de fim de semana? Pagar balúrdios de dinheiro para matar animais inocentes. Dinheiro esse que podia "matar"a fome a tantos. Encurralar os indefesos animais para gáudio e prazer de uns assassinos. E depois, qual pose no meio do sangue derramado de almas que morrem em sofrimento. Nojentos. E ainda por cima, ainda têm crianças que também posam com sangue na cara. É chocante ver fotos assim. Que valores estão a incutir nos adultos do amanhã?
Realmente, há muita estrutura podre que tem de cair nesta nova Era. Esta é uma podridão que deve apodrecer até desaparecer. Na Era do respeito pela Mãe Terra e pela Natureza, isto é tudo aquilo que não pode acontecer. Que todos aqueles que se enojam e revoltam perante tamanha crueldade sem sentido, façam e façamos a mudança necessária para dizimar caçadores frustrados de vida que preenchem o vazio deles com o sangue destes animais sem culpa.
Eles sim, são monstros de pesadelos para a Mãe Terra. Temos de zelar pela tranquilidade do nosso planeta. A nossa Natureza precisa de paz e de ser respeitada.
Estes trastes são as ervas daninhas que precisam de ser arrancadas para a Natureza florir.
Que estes assassinos sejam eternamente atormentados pelos fantasmas destes animais.
Miseráveis.

A conjunção Saturno / Júpiter

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A conjunção Saturno/Júpiter nos pontos brilhantes desta foto que tão gentilmente a internet disponibiliza. Porque quando fui à rua na noite que chegava fiquei enfeitiçada pela luz cintilante destes planetas que hoje se abraçam em aquário. Não pude tirar uma foto. Era quase impossível. Mas trouxe a sua energia comigo.
Hoje simbolicamente começa uma nova Era. Um novo paradigma. Não, não vai mudar tudo amanhã. A mudança tem de ser gradual e nós temos de acompanhar essa mudança. Porque o universo sabe sempre tudo. E sabe quantos de nós são aversos a isso de mudar. Vê-se por tantos que querem voltar à velha normalidade antes da Covid. Isso não irá acontecer. Novos caminhos estão em construção nas estradas do universo.
Muito poderia aqui falar de Júpiter, esse planeta da fé, da crença, da expansão ou de Saturno, a responsabilidade, os limites, a estrutura (faz sentido tudo o que estamos a viver só por esta pequena descrição dos planetas que tanto estão na ribalta em 2020). Ou dessa conjunção no signo de aquário, o signo da tecnologia, do conhecimento, da consciência social, da irreverência, da originalidade. E no seu lado sombra que pode ser arrogante ou ditador.
Há que encontrar o equilíbrio e entrarmos confiantes nesta nova Era. Não podemos fugir. Temos de a saber receber no nosso coração.
Hoje simbolicamente, estes planetas reproduzem a Estrela de Belém, aquele que indicou o caminho até ao Messias. Agora o Messias é cada um de nós, pois cabe a um de nós encontrarmos quem verdadeiramente somos. Mostrar o nosso eu. E sermos o Messias da nossa Mãe Terra. Precisamos de a salvar, para aqui podermos continuar. Porque matar o planeta como temos feito é assassinar o eu e o outro.
E esta Era pede que respeitemos o outro. Porque esse outro é o nosso espelho. É a Era para aprender a Humanidade.
Tanto que a nova Era em Aquário nos irá trazer.
Sejamos gratos por a estar a iniciar.

Olhos-amor

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Tantas as vezes que te devem dizer que tens olhos de amor. Feitos de amor. Que brilham paixão.
Que olhos bonitos esses teus. Que são inveja de tantos. Tens os olhos mel-outono mais doces pelos quais o sol do meio-dia se enamorou perdidamente. Agora em tempo das máscaras que disfarçam sorrisos, os teus olhos são farol de vida que alumiam a infinitude da estrada do mar. Os teus olhos são sorriso de amores-perfeitos. Contagiam de amor o firmamento do céu. Mesmo que escondas o teu olhar, isso não importa, a tua intensa luminosidade nunca te desampara o caminhar. Porque tu és guia de amor-luz.
Era capaz de ficar ali na inspiração dos teus olhos até a eternidade se abeirar de nós. A escrever o amor que te envolve o coração. Que infunde a alma de esperança. Os teus olhos são esperança que vibram em pauta de amor-maior.
Ver a luz que os teus olhos emanam são a anestesia para estes dias cinzentos. Dou por mim a ter de parar. Inspirar e respirar. Rever os teus olhos. São reais. Os teus olhos são terramoto nas minhas emoções. São a concentração da distração dos outros afazeres. Os teus olhos obrigam-me a focar no espelho que sou.
Sou tão grata por um dia ter tropeçado nos teus olhos de amor. Que tanto me ensinam. Serão sempre lembrados em mim. Continua sempre a espalhar a magia de amor que trazes nos teus olhos onde quer que passes.
Por favor, ensina aos outros o amor que tens em ti. Precisamos de mais olhos amor como os teus.
 
Imagem : Internet

O sol do meio-dia apaixonou-se por ti

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O sol do meio-dia apaixonou-se por ti.
Tenho reparado nesse doce amor por ti nestes dias de nuvens cinzentas. Dias chuvosos. De céu negro. Mas quando chega o meio-dia, a força do amor do sol rasga essas nuvens só para se curvar no teu rosto numa vénia de afeição e respeito. Um sol apaixonado que te encandeia os olhos de paixão. Escondes o teu olhar, envergonhado por esta imensa demonstração de amor do sol por ti. Mereces o amor porque és estrela de amor.
O sol lá de cima que se apaixonou pelo sol que caminha pelas estradas terrestres. Sintonia de corações em sóis maiores.
O sol nunca se engana quando se apaixona por alguém. O sol só se apaixona por pessoas especiais assim como tu. Por isso marca encontro contigo ao meio-dia só para iluminar o teu dia. E eu sinto-me uma intrusa ao espreitar o relógio durante o vosso encontro de astros de emoções.
O sol do meio-dia apaixonou-se por ti. Que sorte a dele que te pode ver quando lhe apetece. Basta espreitar por entre a fronteira das nuvens e pode estar horas intermináveis de olhar arrebatado em ti.
Gostava de me poder apaixonar por ti como o sol do meio-dia se apaixonou por ti.

R.I.P Sara

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Ontem deitei-me com a notícia que nos choca a todos. Uma tragédia igual a tantas outras que já roubou outras tantas vidas. A tragédia desta vez tem um rosto, um nome e um apelido que todos conhecemos, quer gostemos ou não da música. Não é disso que se trata. Não é isso que nos embate bruscamente na alma. É a certeza da efemeridade da vida. A incerteza do amanhã. Uma juventude de uma vida que desaparece. Nunca sabemos aquilo a que nos propomos quando decidimos vir à terra. E às vezes esse propósito é tão duro, para quem parte e um sofrimento ainda maior para quem fica, anestesiado numa improbabilidade que aconteceu.
A família Carreira pediu paz e privacidade neste trágico momento de sofrimento. Vejo já por aí tantos órgãos com notícias a dissecar esta fatalidade que se abateu na família. Respeitam a Sara e a família. Há dores que são privadas e quem acompanha o percurso musical desta família, certamente estará em pensamento com eles. Não são precisas mais polémicas. Deixem os seus fazer o luto na sua dor.
A Sara partiu nova demais. Há caminhos que nunca se compreenderão. Como este. Tudo para ser feliz. E de repente tudo desaparece. Mas o choque desta notícia da morte de uma menina adulta, e em tempos atípicos, nos faça lembrar como o amor é o mais importante. Como sorrir é essencial. Que devemos amar e mostrar amor. O amor é diário e não para ocasiões. O amor é no coração, nos gestos, nos abraços, não apenas nas prendas materiais.
Que a Sara nos deixe esse legado, da urgência do amor na incerteza do amanhã e na emergência de viver o aqui e agora. Porque é só isso que temos.

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