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O sopro mágico das palavras

O sopro mágico das palavras

Palavras sonâmbulas

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Sonâmbula.
O sono abandonou-me.
Sentia-me como se aqueles olhares fossem balas que se cravejaram no meu peito. Sem as poder tirar.
Fiquei a noite fora de mim.
Não me apeteceu regressar. Preferi ficar nos teus olhos.
 
Imagem : Internet

Poema do dormir

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Vou dormir
Já tinha saudades
Deste nada disfarçado
Que é tanto e tudo

Vou dormir
Guardar o silêncio dos teus olhos
O som do rasgar da máscara
Um vislumbrar de uma estrela cadente

Vou dormir
O meu corpo não se move
Ficou algures perdido em ti
Tenho de o resgatar nos sonhos

Vou dormir
Sentir sem compreender
Esta turbulência que me assola
Onde o equilíbrio me agarra

Vou dormir
De sorriso
De perguntas nos lábios
Ao universo

Vou dormir
De sentidos dispersos
De alma desperta
Em ti

Vou dormir
Em gratidão
Por me empurrares
No meu renascer

Vou dormir
Em calma comigo
Porque quero estar sozinha
Só te ter a ti no pensamento

Vou dormir
Para amanhã te escrever
Vou dormir
Para não te esquecer

Dorme
Tu também
Com a paz que és
E que deixas em mim

Imagem : Internet

Banco de jardim

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Um banco de jardim
O berço da utopia
As raízes ancoradas
O meu ser em distopia

O sentir em desacato
O olhar paralisado
Os sentidos dançam quietos
O coração dilatado

O banco de jardim que te espera
Uma vergonha irrequieta
As borboletas pairam no ar
De um amor à deriva

Um banco de jardim
O papel e uma história
Um banco de jardim
O renascer a cada meio-dia

Tu
Uma miragem
Que eternamente pernoita
No banco do jardim da minha alma

Imagem : Internet

Fumo

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O fumo do tubo de escape que libertas
Inebria os meus sentidos
E deixa-me numa dormência de amor
Por ti
 
Arranca-me esse fumo
Uma sofreguidão de respirar a tua alma
Deixar-me ser atropelada por ti
Para viver
 
Esse fumo que é rasto teu
São tonturas de um coração
Arrebatado da estrada
E da solidão
 
Sigo-te
Respiro-te como uma droga
 
Paro
Asfixiada em vertigens de amor
 
O fumo desfoca-me o teu corpo
Inalo desse fumo o perfume que deixaste
E qual viciada em ti
Desmaio
 
Acordo
Intoxicada no fumo que largas no alcatrão
Um amor turvo
Que não sei para onde me leva
 
 
Imagem : Internet

Diana Gabaldon "Um Eco do Passado (livro 7 vol I e II)"

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Depois de 1243 páginas divididas em dois volumes, ainda  ressoa em mim o livro “Um Eco do Passado”, o sétimo livro de Outlander, esta saga que me viciou todos os sentidos. Como já referi tantas vezes, há algo de inexplicável nesta história. Puxa por nós como as pedras de Craigh Na Dun onde tudo começa.
Seria impossível referir aqui tanto do que se passa nestes volumes, mas vou tentar apontar aquilo mais fez eco em mim.
Claire e Jamie em plena revolução americana do século XVIII e Brianna e Roger a readaptarem-se aos anos 70/80 do século XX, a morarem em Lallybroch e a viverem realidades da época como a luta pela entrada das mulheres no mercado de trabalho. Mas sem nunca perderem contacto através de cartas escritas por Claire e Jamie que perduraram no tempo e chegaram às mãos de Brianna e Roger. São lidas por ordem cronológica com o que se está a passar em pleno século XVIII. O que eu adoro estas cartas!
Nas rotinas de Brianna e Roger, iremos deparar-nos com Rob Cameron, cuja atitude nos faz desconfiar logo no início. E temos razão para isso. Sem ainda percebermos as razões (será somente por ter lido o caderno de Roger com as suas aventuras no passado e referência ao ouro), rapta Jemmy e leva todos a crer que viajaram pelas pedras, o que não aconteceu. Fica no ar o que se passará com Jemmy? Será resgatado em que século? E o que acontecerá com William Buccleigh que também veio parar ao futuro (esse mesmo que foi responsável pelo enforcamento de Roger).
De salientar o excelente e minucioso trabalho de pesquisa que a autora nos traz para estes livros. Batalhas e momentos da história dos Estado Unidos da América descritos como aconteceram. Assim como personagens reais que marcaram este período como Benedict Arnold, general e traidor, Benjamin Franklin ou o Brigadeiro-general Simon Fraser, morto em Saratoga, uma das batalhas muito presentes nestas páginas.
Voltando ao século XVIII, Claire, Jamie e Ian sofrem um atraso no regresso à Escócia, motivo pelo qual estão presentes nestas batalhas históricas. Ian, uma das personagens que me enche o coração, atormentado pelos acontecimentos anteriores e com a perseguição de Archie Bug (que sim , tenta matar pessoas que lhe são queridas) , apaixona-se por Rachel Hunter, irmão de Denzell Hunter, médico (este por sua vez está apaixonado pela sobrinha de John Grey) e ambos quacres, o que pode dificultar o amor entre Ian e Rachel. Sofremos com o ferimento de Rollo, aquele cão já parece da nossa família, já sentia o peso de achar que estava a morrer. Que aperto tão grande senti.
Além de Ian, também William se apaixona por Rachel. William, filho ilegítimo de Jamie adquire maior protagonismo nesta história, que no início é salvo por Ian. Como será que irá reagir quando souber que Rachel e Ian ficam juntos? Mais uma curiosidade que me faz querer pegar nos próximos volumes.
Também Lord John Grey tem maior destaque nestes volumes e ainda bem, pois acho que é uma personagem muito bem conseguida da autora. Sem esperarmos da parte dele (pelo seu historial amoroso…), casa-se com Claire, porque se pensava que Jamie tinha morrido num naufrágio e ela tinha de ser protegida por poder a ser acusada de traição. Efetivamente Jamie e Claire tinham regressado à Escócia, onde revemos Ian Murray e Jenny. Mas o pequeno filho de Fergus e Marsali precisa de uma operação de urgência, à qual Claire acede e retorna à América apenas com o jovem Ian e sem Jamie, que fica a despedir-se do seu querido cunhado em fase terminal.
E como irá reagir Jamie ao saber do casamento de Claire e John? O que se irá passar? Já estou aqui em pulgas para saber mais e mais.
E também como será a relação de William e Jamie, uma vez que no desfecho, William fica a saber a verdade de quem é!
A juntar a isto, ainda há a possibilidade de Fergus ser o herdeiro de uma fortuna em França.
Tanto para acontecer nos dois volumes do livro oito, que nem sei o que faça, se faço uma pausa entre livros para absorver a história ou se passo já para os próximos (os últimos publicados).
E depois de ler tudo o que está publicado, como irei viver sem este vício?!
Outlander é mágico, cujo feitiço nos envolve para sempre!

Desapegar-me de ti

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Despegar-me de ti é não é esquecer-te assim do nada, num estalar de dedos. O desapego é um trabalho tão árduo, de muito recolhimento e de muito colo a mim mesma. E às vezes, o universo ainda te traz até mim só para não me desviar do meu caminho. Há dias, por entre os scrolls nas redes sociais, uma foto tua que parei a olhar como se fosse intrusa. E nesse instante, apita um e-mail que confirma um novo desafio pessoal que vou abraçar neste descobrir quem sou e do meu propósito de alma. Não foi coincidência, porque o que existem são sincronicidades. Mais uma vez a tua energia ali a indicar-me estrada, a dizer-me para lutar por aquilo em que acredito. Vou continuar sempre a fazer isso. E a nunca desistir.
Nessa noite, sentei-me na beira da cama a pensar em ti. Naquela meditação tive a certeza que aquela tarde de Julho do nosso reencontro de almas, que me marcou profundamente e irreversivelmente, devolveste-me a minha essência. Não que a tivesses roubado algures e agora viesses entregá-la. A partir daquela tarde, daquelas 19h do relógio, comecei uma viagem interior ao meu eu. Sou-te tão imensamente grata. O universo não se ia enganar quando assinalou nos meus astros, alguém que iria mexer com a ferida mais dura e difícil que trago na minha alma. Uma espécie de cura para aprender a viver em amor com essa ferida. E é isso que tenho aprendido no nosso silêncio. Foi o silêncio o nosso acordo de evolução, porque precisava de compreender a minha voz interior, assimilar quem sou sem interferência dos ruídos dos outros. Fizeste-me descobrir tanto de mim. Mais uma vez infinita gratidão por teres cruzado a minha vida.
Desapegar-me de ti não é esquecer-te, não é fingir que nada és ou nem querer saber se estás bem. Porque pedi ao universo para olhar sempre por ti para viveres em amor constante como mereces. Acredita que faço isso com toda a honestidade do meu ser.
Desapegar-me de ti é simplesmente eu continuar o meu caminho de amor com a memória de que um dia me foste tanto. Os teus olhos de amor tornaram a esperança real.
Desapegar-me de ti é ser livre para ser quem sou e levar-te no meu coração.
Desapegar-me de ti é seguir o meu propósito de vida e alma com tudo o que me ensinaste.

Imagem : Internet

Diário de uma Alma em Viagem - Uma nova página

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Decidi abraçar um novo desafio : uma nova página de facebook que nasce da vontade de partilhar este caminho meu e todas as descobertas que a vida me vai presenteando através das palavras que são o meu amor maior.
É a semente de uma ideia que germina dentro de mim e que no seu tempo certo irá rasgar a terra e o seu fruto irá florescer.
Sem pressas no fluir da vida.
Obrigada por fazeres parte deste meu diário de uma alma em viagem!
 

Olhos mágicos

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Se havia por aí olhos de amor, também percebi que existem olhos que são feiticeiros da magia da cura. Acima de tudo vive nesse olhar amor porque o amor é o tudo que temos e desejamos na vida. Mas há nesse olhar algo ainda mais superior.
Estes olhos de afetos fazem-me lembrar a essência dos meus unicórnios, aqueles seres mágicos que nos auxiliam na cura interior e nos ajudam no resgate da nossa criança interior. São olhos de pessoas com alma de anjo, que resgatam almas em morte iminente. Porque sei que algures noutras viagens pela escola da Terra, essa alma salvou-me uma e tantas outras vezes e talvez do nada sempre tenha sentido uma ternura imensa pelo dono desses olhos. Só porque que sim. Não são necessárias explicações lógicas para alguém nos ser especial no coração.
E que combinamos voltar a encontrar-nos, porque reencontrar almas de anjos é uma dádiva no caminho de encontro a quem verdadeiramente sou. E todo o auxílio em momentos de dúvida é tão importante.
Porque nunca nos cruzamos com ninguém por acaso. Porque nunca é por acaso que achamos alguém de uma ternura imensa. Nada é coincidência. Tudo acontece no tempo certo, nem que seja um sorriso envergonhado ou um tímido olá.
São essas pessoas que nos ajudam quando sentem que precisamos de um alento. E esses olhos já me foram alento tantas vezes.
Estranhos, desconhecidos que ainda se cruzaram comigo noutra fase de abismo do meu ser. E que vêem o meu crescer em amor e a ser quem sou. E que agora vejo neles tanta luz como nunca vi antes, possivelmente porque me forçaram a acender o meu interruptor da minha luz interior.
A sinceridade do amor tantas vezes é isto, uma ajuda no caminho do outro sem pedir nada em troca.
Podem ser os olhos de um homem tão bonito, mas sentir esta gratidão, não significa que o meu objectivo seja possuir aquele corpo. Talvez ele seja isso mesmo, um estranho que é anjo e que algures no seu caminho me tocou profundamente para ajudar a amar-me e amar a vida.
Só isso, e já foi tanto para mim.

Imagem : Internet

Raízes

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Descobrir as minhas raízes é um processo lento e que se entranha em mim qual raíz de uma árvore. É preciso tempo para escavar aquilo que fui, aquilo que trago para o que vim ser neste agora.
As raízes são muito mais que os pais que se ofereceram para me dar a vida. Compreender porque assinamos este acordo de evolução é tão difícil porque temos uma tendência inata de os culpar pelas sombras da vida, por todos os momentos difíceis e de tanta dor que vivemos. É ao viajar nestas nossas raízes que percebemos que tudo o que vivemos tinha de ser vivido pois faz parte do nosso processo de aprendizagem. Choramos porque não era isto que queríamos. Mas a descoberta de quem somos, faz-nos entender que era isto que precisávamos. Um retorno às raízes é talvez o maior auto perdão que fazemos a nós mesmos. Porque perdoar os outros por toda a dor infligida é perdoar-nos desta decisão que trouxemos quando encarnamos neste corpo físico.
E assim também perdoar tanto da nossa linhagem ancestral da qual viemos repetir padrões. E limpar tanta dor e tanto karma que ficou espalhado nessa nossa ancestralidade. Para quem vier depois de mim, não precisar de repetir novamente padrões tóxicos. Conectar-nos com as raízes é uma conexão com a nossa essência. É ouvir a nossa voz e as vozes de todas as mulheres da nossa linhagem. É ouvir todos os companheiros de alma que encontramos.
Agarrar a nossa raíz que nasce na bola de luz no centro da terra é percebermos que por muito espiritual que queiramos ser, é na Terra que estamos. É aqui que está tanta da nossa luz que precisamos de resgatar. Porque a luz somos nós.
Gosto de me sentar à beira das raízes das árvores. São fortes e sólidas como as nossas deviam ser. Estão em comunhão com a natureza como nós devíamos estar porque a natureza é a abundância da nossa vida.
Um dia tive tanta vergonha das minhas raízes. Como podia eu ter escolhido trazer determinadas situações? Ou que mal teria eu feito para viver em algo tão disfuncional?
Hoje sei que tudo faz parte do meu propósito de alma, do meu caminho. E compreendi isso porque um dia decidi regressar às minhas raízes, à casa de quem hoje sou. E a resposta estava lá.

Uma folha e pessoas amor

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Existem pessoas que só por se cruzarem comigo me enchem o coração de tanto e tudo.
São pessoas simples que me ensinam, sempre que as vejo, um pouco de amor por mim. Porque é a simplicidade a nossa maior escola do amor.
E quando me dou conta tenho a alma a transbordar de afetos que me oferecem tão genuinamente e sem nada cobrarem.
Essas pessoas que me brilham os olhos e acendem a centelha da minha essência, talvez não saibam como são especiais. Por me ajudarem a descobrir quem sou, de ténis, de óculos, sem maquilhagem ou sem o cabelo totalmente esticado. Porque se existir amor dentro de mim, a luz que sou irá brilhar sempre esteja como estiver. Se me sentir bonita, serei de qualquer maneira. Há pessoas que nos mostram isso. São pessoas de amor que o universo me traz para serem chave e abrirem o meu coração e libertarem mágoas e dores.
Às vezes vejo essas pessoas e no regresso a casa, nos meus pés folhas em forma de coração numa perfeita sintonia entre o universo e a minha alma que respira amor.
Nada é por acaso, nem estas pessoas, nem estas folhas-coração no meu caminho.

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