Hoje foi dia da primeira dose da vacina. Tento não fazer parte dos extremistas, nem dos que vivem em medo nem dos negacionistas. Respeito cada opinião porque é isso que esta Nova Era nos vem ensinar. A importância do respeito por mim e pelo outro e no que cada um acredita.
Não sou a pessoa mais crente na vacina, porque sinto que não é isto que nos vai salvar. Não é uma vacina que irradica um vírus que é uma profunda aprendizagem para todos.
Passa pela mudança de comportamento de cada um na individualidade que é, porque é assim que formamos o coletivo.
Mas por respeito e porque talvez seja o que agora temos para atenuar esta pandemia, fui em consciência e em equilíbrio interno. Não quero entrar em histerismos. Não servem para nada, só pioram o que vivemos.
É nos pedida calma e tranquilidade, e é tudo o que não temos. E com as medidas estapafúrdias que por aí proliferam, estamos a anos luz de vivermos sem este vírus. Ele reinventa-se para nos dar na cabeça e abrimos os olhos. E teimamos em continuar cegos.
Levar uma vacina que não sabemos o que nos colocam no corpo é sempre algo tão sombrio e cinzento. Dúvidas, incertezas do que será. Muni-me do meu reiki, muito enraízamento para estar no momento presente. As minhas roupas cheias de cor, aquele top onde olhares ficaram cravados.
Fui. Hoje tudo muito organizado. Mas isso não tira o peso que se sente nestas alturas. Até outros utentes foram simpáticos para comigo nas filas. Às vezes vale a pena tentarmos viver em luz. Para atrair mais luz.
Como estes momentos mais cinzentos se combatem com muito amor, e naquela coincidência feliz da minha amiga da
Corrida aos Bolos estar de folga, das suas mãos mágicas que transpiram carinho, saiu uma pavlova. Cheia da cor do amor. Cheia de amor. E uma explosão de sabores que aconchegam a alma em amor.
Em vez daquela típica foto do cartão da vacina, quis ser diferente, e tenho uma foto de um bolo feito de amor, porque o amor é aquilo que mais precisamos neste momento.