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O sopro mágico das palavras

O sopro mágico das palavras

Dia 31 de confinamento e os trabalhos manuais

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Ao dia 31 de confinamento, fui explorar áreas pouco ou nada confortáveis para mim. Esse mundo dos trabalhos manuais que nunca foi a minha praia em tempos de escola, quando a avaliação nesta matéria era a mais fraca de todas as disciplinas. Algo que guardei na gaveta dos meus dias, e não voltei a tocar por anos a fio.
As minhas mãos pouco jeito tinham com tesouras, recortes e colagens. Linhas tortas. Traços desalinhados. A incipiente habilidade para moldar e construir em diferentes materiais era gritante.
Passei muitos anos a crer que uns meros trabalhos manuais não eram para a minha pessoa. Talvez por isso nunca me tenha aventurado em território altamente perigoso para a minha insegurança. Fazer algo que vejo como medíocre desmoraliza a coragem de continuar a tentar até acertar.
Aos poucos, com treino e persistência vou obrigando as mãos a mexerem-se. Não é a perfeição que almejo. É todo o processo de construir. Fazer, desfazer, repetir. Nunca parar.
Decidi que hoje iria fazer algo tão meu. E tinha de ser feito por mim.
Fui à papelaria perdição da minha zona, onde é tão difícil escolher o que trazer, e vim de lá com alguns materiais sem plano ou esboço de ação. Apenas sabia que tinha de dar largas à imaginação dos sonhos no fluir das mãos.
O que sairá daqui tão pouco importa mostrar. Mais importante é enfrentarmos aquilo que nos dá medo e insegurança, sejam uns meros trabalhos manuais ou outra coisa qualquer.

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