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O sopro mágico das palavras

O sopro mágico das palavras

Dia 4 de confinamento e o sol

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Dia 4 de um confinamento moderno.
De agenda marcada no virtual que se tornaram os dias. Ainda fui respirar o ar matinal antes de me trancar entre paredes. Inspirar o ar vadio para todo um dia sem ruas, estradas ou passeios.
Corria a manhã. O sol brilhava tão forte. Nem pediu licença para entrar pelo meu quarto. Ali ficou. Porque algures havia um sol do meio-dia a cintilar.
Era hora de almoço, o meio-dia no relógio já era. Aproveitar o tempo e treinar o corpo e mente nessa claridade. Para o nosso coração ser uma eterna aurora de vida. De repente, o reflexo do sol estava no chão, mesmo à minha frente. Na direção do meu olhar. Era tão intenso. De uma beleza profunda. Tudo era resplandecência ao meu redor. Nem a urgência de obras tornava o cenário desolador.
Continuei os meus exercícios, focada e fascinada nesse sol que trespassou vidros e alumínios. Nunca o tinha visto tão perto de mim neste quarto. Antes era tímido. Hoje, os raios de sol pareciam desavergonhados. Livres e selvagens. Doces e ternos. A energia yin e yang que me visitou.
Lembrei-me de ti. De quem mais poderia ser. O sol de um meio-dia que não olhei. Mas cuja alma viajou no escorrega de um raio de sol, só para me vir dizer olá. Fechei os olhos. Agradeci a visita. E o dia ficou mais bonito.
 
Imagem : Internet

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