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O sopro mágico das palavras

O sopro mágico das palavras

Dia 41 de confinamento e às 18h10 ainda há sol

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Dia 41 de confinamento. E já estamos no final de fevereiro assim sem darmos conta.
Eram 18h10 quando sai de casa. Em teletrabalho nem vamos reparando que a noite vai chegando cada vez mais tarde. O salto de pardal nos dias a acontecer.
Altura de tornar as roupas mais leves. As leggings em vez dos jeans. Trocar as longas parkas pelos casacos mais curtos. Apanhar o cabelo com as fitas a dançar ao vento. Começar a vestir a primavera que floresce.
Sair e respirar sol. Não é o cenário idílico. Mas olhar estas nuvens cor de fogo que se dissipam no céu é olhar a coragem que temos de agarrar em nós neste período tão turbulento. Lá longe, o horizonte cheio de luz. Essa luz que nunca podemos deixar de procurar em nós porque ela existe. Só temos de saber encontrá-la e mostrá-la sem vergonhas como o sol se mostra com todo o seu esplendor.
O aroma a final de tarde que se entranha no bater do coração. Aquela tranquilidade de renascer com as flores. A suavidade da estação primaveril a fazer cócegas à nossa pele.
Os sorrisos que são mais nítidos nos olhos que agora passeiam por aí sem as sombras das árvores a ofuscarem o seu brilho.
Uma foto no meio da cidade. Tão corriqueira. Uma volta rápida. Mas não é por isso que não podemos encontrar algo de belo nesses breves minutos que caminhamos por aí.