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O sopro mágico das palavras

O sopro mágico das palavras

Dia 46 de confinamento e chega-nos março

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O confinamento já leva 46 dias. Encontra-se novamente na entrada de um novo mês. Depois de um fevereiro em casa, o março também se perspetiva por entre as paredes, janelas e portas do nosso refúgio de tempos atípicos.
Chega-nos o março aos nossos dias. O mês da primavera. O renascer no florescer de árvores e flores. Diz-se que no final deste mês de março iremos deixar este confinamento. Tão simbolicamente coincide com o solstício primaveril. Pode não ser no dia exato, mas a ser nessa altura é o momento do renascer. Depois de um inverno em recolhimento profundo, em que pudemos estar connosco mesmo, conhecer melhor este nosso eu. Olharmos para medos, sonhos. Enfrentamos as nossas feridas que se tantas vezes se abeiram do abismo.
O Inverno não é morte nos dias sem sol ou nas longas noites. Foi tempo de enterrar tudo aquilo que não nos faz bem, do que não é para nós, do que não precisamos. Limpar o lixo para colher novos frutos. A chuva alimenta a terra enquanto a vida germina no seu interior e que ninguém vê a olho nu.
Assim somos nós. Passamos um inverno no mais profundo do nosso ser para agora na primavera podermos despertar para um novo eu. Mais fiel a quem somos. Honestos nos nossos sonhos. Enraizados na terra mãe para voarmos longe.
Foi tempo de criarmos raízes de amor para agora o espalharmos em nós e nos outros.
Março é o mês do início do ano solar. De recomeçar com a energia de fogo, da coragem, da força. O arranque. O levantar os braços e ir à luta de conquistas.
O sol na pele para aconchegar a alma em conforto. As tardes luminosas. O largar as camisolas. O chilrear de felicidade dos pássaros. As flores salpicadas de cor. As árvores que se vestem de folhas novas.
És assim tão bonito, meu querido março, cheio de doces pormenores que encantam os corações.
Março meu, traz-nos o teu amor pela vida nesse teu tão íntimo renascer.

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