Ainda o relógio marcava poucos minutos depois das 19h30 e os braços despidos pediam o casaco. A esplanada tornava-se fria na noite que se acomodava nos nossos ombros. O outono sente-se delicadamente a chegar. Sem pressas nem urgências.
No caminho para casa um aroma a fumo. Um agradável sabor que dançava no ar. As primeiras castanhas a serem assadas. O papel enrolado à espera delas. E as mãos limpas a quererem sujar-se de carvão. É o outono a chegar. Sem pressas nem urgências.
É o outono a abeirar-se de nós e os teus olhos castanhos cor da terra, essa cor que pincela o outono, a serem a luz dos dias que se encurtam para cedo se recolherem.
É o outono dos teus olhos que respiro no regresso a casa.
E como adoro sentir o outono desse teu olhar!
Imagem : Internet
. Josie Silver "Um dia em D...
. Enid Blyton "Histórias de...
. É tempo!