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O sopro mágico das palavras

O sopro mágico das palavras

Tardes Malditas!

Naquela sexta-feira lembrei-me de ti. Odiei ainda mais aquela tarde maldita por não estares ali apenas para te ver. Estares a tão poucos passos de distância e a desorientação da mente não me deixou desviar ao teu encontro. Naquele momento a alma doía-me. Cegava-me a raiva. E apenas te queria ver. Porque os olhos do teu coração saberiam acalmar-me. Precisava de voltar a morrer nesse teu sorriso para me acordar do pesadelo.

Deitei-me na almofada da tristeza. E mais uma vez lembrei-me de ti. Voltei a odiar estes fins de tarde outonais que te levaram para outros caminhos. Porque se apenas posso olhar para ti, então que os dias me deixem apenas olhar para ti. Os minutos preferidos da vida são simplesmente esses, o de olhar para ti.

E depois daquela sexta-feira de tarde maldita precisava desse teu olhar-vida.

Dormi. A tua alma veio visitar-me. Senti-te a dar-me a mão. Tão suave. O toque que ficou. Demasiado real para ser um mero sonho. Senti o teu olhar em mim. Acordei. O silêncio da chuva. O cobertor. Apenas eu. Olhava e vi o teu olhar. Sentia o teu toque.

Acordava e adormecia nesse olhar. Nesse toque. Escrevo e ainda o sinto. A ti. O roçar de dedos.

Diz-me numa dessas tardes que não sejam tardes malditas que também te lembras de quando as nossas almas se encontram nos nossos sonhos.

Imagem : Internet

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